
Cidade da Praia, 29 Out (Inforpress) – O MpD (poder) esclareceu hoje que “não há crise energética” no país, mas reconheceu falhas técnicas de fornecimento de energia e desmente a oposição que isto tem acontecido por falhas políticas e de gestão.
Este esclarecimento foi prestado pela deputada do Movimento para a Democracia (MpD), Isa Miranda, na Assembleia Nacional, quando apresentava uma declaração política do seu partido sobre a “Sustentabilidade energética, perspectivas e desafios para a reconstrução de um Cabo Verde para todos”, um tema proposto pelo grupo parlamentar do PAICV.
“Não se trata de falhas políticas ou de gestão, são questões técnicas que estão a ser resolvidas com responsabilidade e seriedade. Não há crise energética e muito menos crise energética nacional”, elucidou.
Contudo, a deputada reconheceu falhas no fornecimento de energia, particularmente na ilha de Santiago e no Fogo, e manifestou toda solidariedade em nome do seu partido, a todos aqueles que directamente e indirectamente ficaram lesados nas suas actividades profissionais, no seu negócio, lazer, educação, saúde ou qualquer outra forma, atingidos por sucessivas falhas.
Por outro lado, mencionou melhorias que estão a ser introduzidas pelo Governo e medidas e investimentos que estão em curso para colmatar esta situação.
Destacou a relevância de trazer este tema para o debate, acentuando que a estabilidade energética em Cabo Verde impacta directamente sectores importantes como a segurança, o digital, a compectividade económica, a mobilidade, a redução da pobreza, emprego e demais dimensões da vida dos cabo-verdianos.
O programa do Governo, segundo a parlamentar, tem como opção governativa acelerar a transição energética, o desenvolvimento da economia verde, que integra também o domínio da água, saneamento, ambiente, acção climática e transformação agrícola.
Com a política energética nacional afirmou que o Governo pretende reduzir a factura energética e a dependência dos combustíveis fósseis.
Segundo a deputada, de 2016 a 2025 o Governo “já fez e está a fazer importantes investimentos”, seja nos domínios de microproduções em energias renováveis e investimentos públicos, seja ainda por parte dos privados.
Estes investimentos, explicou, contemplam energias renováveis, solar e eólica, armazenamento e baterias, reforma do mercado e modernização dos centrais, electrificação e micro redes rurais.
“Desde 2016 multiplicam-se projectos estruturantes, como parques fotovoltaicos em Porto Novo, na ilha de Santo Antão, São Nicolau, Fogo, Maio e Brava, ampliação do parque solar de Palmarejo, na Praia, reforço da rede de alta tensão em Santiago, projectos de iluminação pública 100% Led, com 43.342 lâmpadas instaladas, entre outros investimentos”, citou.
Apesar dos investimentos e resultados, disse que ainda persistem alguns desafios neste sector no país que precisa ser vencido, nomeadamente a instabilidade pontual na rede eléctrica, limitações de armazenamento e energia e a necessidade de maior interligação entre as ilhas.
DG/AA
Inforpress/Fim
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