Papa pede aos líderes mundiais e católicos que acolham as pessoas marginalizadas

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Papa pede aos líderes mundiais e católicos que acolham as pessoas marginalizadas
16/11/25 - 04:05 pm

Cidade do Vaticano, 16 Nov (Inforpress) – O Papa Leão XIV pediu hoje, dia do “Jubileu dos Pobres”, aos líderes mundiais e católicos que acolham as pessoas marginalizadas, considerando que “não pode haver paz sem justiça”.

O Papa americano, que faz da justiça social um tema central de seu pontificado, disse hoje durante uma missa na Basílica de São Pedro que a Igreja “ainda está marcada por antigas e novas formas de pobreza”, mas espera que esta seja “uma mãe dos pobres, um lugar de acolhimento e de justiça”.

Este domingo marcou o “Jubileu dos Pobres”, um dos muitos eventos desse tipo realizados durante o Ano Santo, que atrai peregrinos de todo o mundo.

A data coincidiu com o Dia Mundial dos Pobres, uma celebração anual instituída pelo Papa Francisco em 2017.

“Exorto, portanto, os chefes de Estado e os líderes das nações a ouvirem o clamor dos mais pobres. Não pode haver paz sem justiça, e os pobres lembram-nos disso de muitas maneiras, seja pelas migrações, bem como pelos seus clamores, muitas vezes sufocados pelo mito do bem-estar e do progresso que desconsidera a todos e até se esquece de muitos, abandonando-os ao seu destino”, referiu.

Além da pobreza material, o Papa falou de “muitas situações morais e espirituais” que levam à solidão e pediu aos fiéis a estarem “atentos aos outros, tornando-se testemunhas da ternura de Deus”.

Após a missa, Leão XIV participou num grande almoço no Vaticano com aproximadamente 1.300 pessoas, incluindo pessoas sem-abrigo, refugiados e pessoas com deficiência, abençoando a refeição.

A esta iniciativa somam-se hoje outros eventos de beneficência em Roma.

Dirigindo-se à multidão reunida na Praça de São Pedro, Leão XIV também denunciou a perseguição aos cristãos em todo o mundo, particularmente no Bangladesh, Nigéria, Moçambique e Sudão, e falou sobre a escalada da violência no conflito em curso na República Democrática do Congo.

“Rezo pelas famílias de Kivu, na República Democrática do Congo, onde ocorreu um massacre de civis nos últimos dias. Pelo menos 20 pessoas foram vítimas de um ataque terrorista”, lamentou.

No sábado, autoridades da região disseram à AFP que um ataque das Forças Democráticas Aliadas (ADF) deixou pelo menos 18 mortos.

O grupo, fundado por ex-rebeldes ugandeses que juraram lealdade ao grupo jihadista Estado Islâmico em 2019, atacou uma aldeia a cerca de 300 quilómetros ao norte de Goma na noite de sexta-feira.

Mais de 190 pessoas morreram desde julho, segundo uma contagem da agência de notícias AFP.

Inforpress/Lusa

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