PAICV recomenda reavaliação das políticas e procura de novo rumo alinhado às expectativas dos cabo-verdianos

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PAICV recomenda reavaliação das políticas e procura de novo rumo alinhado às expectativas dos cabo-verdianos
29/01/25 - 02:51 pm

Cidade da Praia, 29 Jan (Inforpress) – O presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição) recomendou hoje que o País oriente e reflicta sobre os dados do décimo inquérito sobre a qualidade da democracia e procure novo rumo alinhado às expectativas da população.

Rui Semedo falava em conferência de imprensa na Praia sobre uma possível integração de Cabo Verde na NATO, afirmando que os dados espelham notoriamente que os cabo-verdianos não estão de acordo com a orientação das políticas seguidas.

No entender do PAICV, os resultados das eleições autárquicas “foram claras” no sentido de responsabilizar e penalizar o Governo com relação à imagem que tem na sociedade bem como do seu “mau” desempenho.

Disse que enquanto representante da população, os dados carecem de preocupação de todos os partidos, organizações políticas, acrescentando que o décimo inquérito é a avaliação que a sociedade faz dos partidos, das políticas e dos políticos.

Para Rui Semedo, os políticos devem reflectir sobre os dados e procurar novo rumo mais alinhado com as expectativas e com as preocupações dos próprios cabo-verdianos.

O décimo inquérito sobre “A qualidade da democracia e da governação em Cabo Verde: condições económicas e satisfação com a democracia” foi realizado de 27 de Agosto a 10 de Setembro de 2024 em Santo Antão, São Vicente, Santiago e Fogo, o que representa 96% da população adulta cabo-verdiana.

O estudo concluiu que 65% dos cabo-verdianos consideram que o país está na direcção errada, 75% mostram-se insatisfeitos, apesar de acreditarem que a democracia é o sistema político que melhor serve para o país.

A maioria dos inquiridos, o que representa 84% da população, considera que os políticos pouco ou nada fazem para ouvir as suas opiniões e preocupações, demonstrando um descontentamento generalizado com a forma como os líderes lidam com o povo.

O estudo destaca que dois terços da população não têm rendimento em dinheiro, 48% enfrenta falta de água em casa, 46% sem combustível para cozinhar, 36% sem acesso a cuidados médicos e 31% enfrentando períodos sem alimentação.

LT/ZS

Inforpress/Fim

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