PAICV diz que parlamento debateu hoje a “maior crise energética” registada na história de Cabo Verde

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PAICV diz que parlamento debateu hoje a “maior crise energética” registada na história de Cabo Verde
29/10/25 - 06:17 pm

Cidade da Praia, 29 Out (Inforpress) – O PAICV (oposição) considerou que o parlamento debateu hoje a “maior crise energética” registada na história de Cabo Verde e que o sector se encontra actualmente numa situação de “grave instabilidade”.

Para o maior partido da oposição, Cabo Verde não está a viver apenas uma crise de electricidade, mas também uma “crise de governação, de confiança e de soberania”.

O grupo parlamentar do Partido Africano da Independência de Cabo Verde fez estas considerações no encerramento do debate com o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, sobre a “Sustentabilidade energética, perspectivas e desafios para a reconstrução de um Cabo Verde para todos”, tema proposto pelo PAICV.

O deputado António Fernandes, intervindo em nome da bancada do “partido da estrela negra”, lamentou os “cortes sucessivos e prolongados”, sobretudo na ilha de Santiago, que, frisou, alberga mais de 50 por cento (%) da população residente e contribui com mais de 50% da produção da riqueza nacional.

“Associada a Santiago, as ilhas mais turísticas [Sal e Boa Vista] e a ilha de Fogo, são afectadas por problemas energéticos”, apontou o deputado.

Para o PAICV, a crise no sector da energia é o resultado directo da “má governação” e da falta de planeamento, além da ausência de liderança por parte de Ulisses Correia e Silva.

“Num momento de crise o povo esperava a sua voz, o seu rosto, a sua presença, mas o senhor [primeiro-ministro] não apareceu e foi obrigado hoje a aparecer nesta casa parlamentar”, acusou o deputado.

Na perspectiva do PAICV, sem energia não há economia, não há segurança, não há Estado, acrescentando que o actual governo não garante aos seus cidadãos “energia estável e não protege a soberania nacional”.

Durante o debate, indicou o porta-voz da bancada parlamentar “tambarina”, o Governo ficou “desorientado”.

LC/CP

Inforpress/Fim

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