Músico Trakinuz torna-se embaixador da campanha “Zero VBG”

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Músico Trakinuz torna-se embaixador da campanha “Zero VBG”
05/06/25 - 02:00 pm

Cidade da Praia, 05 Jun (Inforpress) - O cantor cabo-verdiano Trakinuz foi apresentado hoje, na cidade da Praia, como embaixador da campanha “Zero VBG”, que visa sensibilizar os jovens contra a Violência Baseada no Género, em várias ilhas do país.

A iniciativa é promovida pela Fundação de Religiosos para a Saúde (FRS), em parceria com os Irmãos Capuchinhos e o Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade de Género (ICIEG).

A campanha vai decorrer nas ilhas de Santiago, Fogo, Sal, Boa Vista e Santo Antão, incluindo acções de sensibilização em comunidades, escolas, praças e redes sociais.

As actividades envolvem música, teatro, vídeos, debates e distribuição de materiais informativos, com o objectivo de desconstruir normas culturais que sustentam comportamentos violentos.

Durante a sua intervenção, Trakinuz disse sentir-se honrado com o convite e comprometido em dar voz à campanha.

“A minha missão é usar a arte como instrumento de transformação”, afirmou, reforçando que a música pode tocar consciências e impulsionar reflexões que levam à mudança de comportamentos.

O artista considerou que a VBG não é apenas uma estatística nem uma manchete de jornais, mas sim uma realidade dura, muitas vezes invisível, que destrói vidas em silêncio.

A representante da FRS, Victoria Seoane, explicou que o projecto é financiado pela cooperação espanhola e insere-se numa abordagem de transformação social através da arte, do diálogo e da educação.

Seoane sublinhou a importância do trabalho directo com os jovens, para que estes se tornem agentes de mudança.

“Queremos trabalhar com jovens, homens e mulheres, para que tenham ferramentas para identificar situações de VBG e saber o que fazer”, reiterou.

Para Marisa Carvalho, presidente do ICIEG, é “fundamental” que as mensagens da campanha cheguem às novas gerações de forma clara e eficaz.

Considerou que o envolvimento de uma figura influente e próxima da juventude é um “passo estratégico” para contrariar a cultura de silêncio e a naturalização da violência.

“É preciso continuar a falar sobre a VBG, sobretudo com os jovens, para que deixem de naturalizar comportamentos violentos”, concluiu.

KF/LC//ZS

Inforpress/Fim

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