Mosteiros: Fortalecer e desenvolver capacidades dos municípios é crucial para o desenvolvimento - coordenadora residente da ONU

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Mosteiros: Fortalecer e desenvolver capacidades dos municípios é crucial para o desenvolvimento - coordenadora residente da ONU
13/08/24 - 07:00 pm

São Filipe, 13 Ago (Inforpress) – A coordenadora residente das Nações Unidas em Cabo Verde defendeu hoje a necessidade de fortalecer e desenvolver as capacidades das autarquias locais para que participem e reforcem o desenvolvimento local, regional e a descentralização de recursos.

Patrícia Portela de Souza, que participou na terceira conferência dos municípios geminados com Mosteiros, disse que a autarquia é uma das instâncias de Governo mais próximas do cidadão e é lá onde a população vai buscar serviços e soluções para os problemas e desafios do dia a dia.

Depois de debruçar sobre os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) a coordenadora lembrou que é sobretudo nos municípios que se observa o combate pela erradicação da pobreza extrema no país.

“Todos os ODS têm objectivos que estão directa ou indirectamente relacionados com o trabalho diário dos governos locais e regionais”, referiu a coordenadora que lembrou que cerca de dois terços de todos os ODS devem ser cumpridos nos municípios ou pelos municípios.

Segundo a responsável, embora os ODS tenham uma visão global, a sua implementação dependerá da acção local e da liderança local.

Depois de realçar a importância das parcerias, a coordenadora lembrou que este ano, com o apoio do Luxemburgo, Cabo Verde lançou o programa de promoção do desenvolvimento local no valor de seis milhões de euros e destacou que é uma parceria fundamental com o Luxemburgo e uma aliança estratégica para o desenvolvimento sustentável.

Por outro lado, destacou a importância da promoção do desenvolvimento local sem deixar ninguém para trás e sublinhou que a ambição e sonho colectivo é atingir esta meta em 2030, para que todos beneficiem do progresso e avanço do país com igualdade e equidade.

Por sua vez, o vice-presidente da Câmara Municipal de Anadia (Portugal), Jorge Sampaio, que participou através da plataforma, defendeu a necessidade das entidades trabalharem.

Com relação à cooperação descentralizada e o desenvolvimento local, o autarca destacou três dimensões: a de aprendizagem e do conhecimento, a dimensão económica e a dimensão institucional.

Na primeira dimensão, apontou aspectos como troca de experiências com o objectivo de os municípios servirem melhor os cidadãos e prestar serviços cada vez melhores em questão de sustentabilidade económica, social e ambiental e acrescentou que as parcerias deveriam centrar-se cada vez mais nas áreas de investigação, formação e qualificação das equipas e na área da cooperação técnica.

Quanto à segunda, a dimensão económica, Jorge Sampaio disse que cooperação entre municípios têm de ter sempre a componente económica porque o objectivo final é mudar a economia, levar o que os municípios produzem para fora, abrir mercados e colocar os vários agentes económicos dos vários municípios falarem entre si e estabelecer parcerias económicas.

No caso de cooperação entre Anadia e Mosteiros, Jorge Sampaio apontou sectores como vitivinícola e sector primário em geral, a promoção turística dos dois municípios e sublinhou que no quadro da parceria os dois municípios estão a trabalhar nestas valências.

Como terceira dimensão, o vice-presidente da câmara de Anadia apontou a dimensão institucional, que segundo o mesmo, tem uma importância e uma riqueza enorme.

Quer a vice-presidente da câmara de Entroncamento, Ilda Maria Joaquim, assim como o presidente da câmara de Alzira, Afons Dominguez, destacaram a importância da parceria e da cooperação descentralizada, assim como possíveis áreas de cooperação.

Já Nuías Silva, presidente da câmara de São Filipe, enalteceu a parceria interna e externa e a possibilidade de uma parceria multi-municípios em que os três municípios da ilha pudessem cooperar e estabelecer parcerias com conjunto de outros municípios.

Nuías Silva destacou três áreas fundamentais para futuras parcerias, designadamente o sector ambiental, o sector primário e produtivo e o sector de capital humano através de formação de quadros.

JR/CP

Inforpress/Fim

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