Ministro da Família destaca avanços e desafios na promoção da igualdade de género em Cabo Verde

Cidade da Praia, 03 Jul (Inforpress) – O ministro da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, Fernando Elísio Freire, defendeu hoje, na cidade da Praia, que a autonomia económica das mulheres é “essencial para o desenvolvimento do país e para superar desafios na igualdade de género”.

“Hoje estamos a encerrar um programa que visa, sobretudo, promover uma das autonomias das mulheres, a autonomia económica”, declarou o ministro durante o seu discurso do encerramento do projecto “Promover o Empoderamento e a Autonomia Económica das Mulheres e Jovens”.

Fernando Elísio Freire sublinhou que o programa, que formou mais de 500 mulheres e jovens em diversas áreas, contribuiu para que estas escolhessem uma profissão e pudessem ser autónomas, alegando que o encerramento do projecto “não significa o fim da luta”.

“Temos o desafio da autonomia de decisão e o desafio da autonomia do corpo, no quadro do Plano Nacional para a Igualdade e Equidade do Género”, alertou, destacando que ainda persistem casos de violência baseada no género e falta de sensibilidade para a igualdade.

O governante reconheceu que, apesar de existirem legislações e estruturas públicas dedicadas à igualdade, a sua efectiva concretização ainda não foi alcançada.

“Temos as legislações adequadas, estruturas nos municípios e uma Constituição que fala em igualdade, mas ainda não conseguimos essa efectiva igualdade de género. Isso depende da acção e omissão de cada um de nós”, disse.

Apelou, por isso, a uma “profunda introspeção” da sociedade sobre o contributo diário para a promoção da igualdade, salientando a existência do Plano Nacional de Igualdade e do Cadastro Social Único, que permite identificar mulheres em situação de extrema pobreza, cuja taxa histórica, referiu, baixou para 2,8 por cento (%).

Entre as acções governamentais em curso para reforçar a igualdade, Fernando Elísio Freire apontou a integração dos trabalhadores domésticos na protecção social, a criação de subsídios de desemprego, a revisão do Código Laboral para valorizar o trabalho doméstico e o reforço das políticas de cuidados. 

Entre outras medidas, mencionou o aumento de cuidadores em todos os municípios, a criação do Banco Jovem Mulher para facilitar o acesso ao crédito e o reforço da fiscalização para eliminar desigualdades salariais.

Ao concluir a sua intervenção, o ministro felicitou todos os envolvidos no projecto, mas salientou que o verdadeiro momento é de “muita força, muita luta e muita crença”, pois o sucesso depende da acção e persistência dos cidadãos.

DV/PC//CP

Inforpress/Fim