Cidade da Praia, 12 Jul (Inforpress) – A Procuradoria-Geral da República arquivou o processo referente à tentativa de homicídio de José Luís Neves, filho do ex-primeiro-ministro, José Maria Neves, ocorrido a 30 de Dezembro de 2014.
Em comunicado, o Ministério Pública justifica a decisão com o facto de, até à presente data, não ter sido possível reunir elementos consistentes que permitam imputar de forma segura e objectiva a autoria do crime, apesar dos esforços empreendidos.
De acordo com a mesma fonte, a investigação incluiu uma série de diligências, como inspecções judiciárias, interrogatórios de suspeitos, inquirições de testemunhas, buscas domiciliares, apreensões, vigilâncias, escutas telefónicas e exames periciais.
O arquivamento foi formalizado no dia 02 do corrente mês, com base no artigo 315.º do Código de Processo Penal, que permite o encerramento de inquéritos na ausência de provas consistentes.
Entretanto, a Procuradoria-Geral da República informa que os autos poderão ser reabertos caso surjam novos elementos de prova que possam alterar a decisão de arquivamento.
Os autos do processo estão agora disponíveis para consulta pública na Procuradoria-Geral da República, permitindo que qualquer pessoa com interesse legítimo tenha acesso às informações, uma vez que o caso não está mais sob segredo de justiça.
Em reacção, José Luís Neves, expressou, na sua página do facebook, sentimento de frustração por não ver a verdade esclarecida.
“Porque é óbvio que quando alguém vive o inferno que vivi, deseja que tudo seja esclarecido, deseja saber a verdade e ver a justiça feita”, comentou.
Mas, agradece às autoridades por todas as diligências e investigações levadas a cabo, ao longo destes 10 anos e espera que, um dia, mais informações sobre o caso possam surgir.
O caso aconteceu no dia 30 de Dezembro de 2014, por volta das 22:00 na zona de Palmarejo, onde alguém não identificado disparou e atingiu com vários tiros de pistola calibre 7,65mm e 9 mm o filho do então primeiro-ministro.
ET/HF
Inforpress/Fim
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