Cidade da Praia, 30 Abr (Inforpress) – O Presidente da República portuguesa considerou hoje que Portugal foi dos últimos impérios coloniais a descolonizar por causa de uma ditadura que demorou “quase 20 anos para salvar aquilo que já não era possível”.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas no término da sua visita conjunta com o seu homólogo cabo-verdiano, José Maria Neves, à exposição “50 Anos de Abril – Antes e Depois”, a ditadura do regime português de então utilizou esta insistência como forma de “sobrevivência para unir e salvar aquilo que já não era possível”.
“Os outros impérios coloniais acabaram bem mais cedo”, sintetizou Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro Chefe de Estado a chegar ao arquipélago para as comemorações do cinquentenário de libertação de presos políticos do Campo de Concentração do Tarrafal.
Umaru Sissocko Embaló, da Guiné-Bissau, é outro Chefe de Estado que já se encontra no país para o evento, sendo que o presidente de Angola, João Lourenço, vai estar representado por uma delegação.
Durante esta sessão, será realizado o descerramento da placa comemorativa da efeméride, seguido da conferência "Campo de Concentração do Tarrafal: Genealogia histórica, modelos de repressão e memórias transnacionais de resistência", que terá como conferencista o professor e historiador Victor Barros.
Com estas comemorações, a Presidência da República está também a apoiar a candidatura do Museu do Tarrafal a Património da Humanidade da Unesco, augurando que seja um desígnio comum dos Países de Língua Portuguesa.
SR/HF
Inforpress/Fim
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