IPC prepara plano de gestão de riscos para Museu da Resistência do Tarrafal

Inicio | Cultura
IPC prepara plano de gestão de riscos para Museu da Resistência do Tarrafal
05/09/25 - 04:52 pm

Cidade da Praia, 05 Set (Inforpress) - A coordenadora científica da candidatura do Campo de Concentração do Tarrafal a Património Mundial, Sandra Mascarenhas, anunciou hoje que será dada continuidade imediata à implementação do plano de mitigação para o Museu da Resistência do Tarrafal.

Sandra Mascarenhas falava à imprensa no final da formação em Gestão do Património Cultural em contexto de mudanças climáticas e riscos, realizada em parceria com a Cooperação Espanhola (AECID), no âmbito do Programa ACERCA – Capacitação para o Desenvolvimento no Sector Cultural, promovida pelo Instituto do Património Cultural (IPC).

“O que nós esperamos de imediato é poder ter as ferramentas para avançar com os planos de gestão, de mitigação de risco, das estruturas patrimoniais que nós temos neste momento, começando com o museu da resistência do Tarrafal (…)” vincou.

Segundo explicou, já existe um rascunho inicial do documento, que será agora trabalhado e consolidado, com o objectivo de garantir que todas as estruturas museológicas venham a ter os seus próprios planos de prevenção e gestão de riscos.

“Neste momento é trabalhar directamente sobre esse plano e começar a preparar os próximos, portanto chegar no limite em que todas as estruturas museológicas terão o seu próprio plano de prevenção e gestão de riscos”, ressaltou Sandra Mascarenhas.

A coordenadora alertou que os impactos das alterações climáticas reforçam a urgência de planos de prevenção, recordando o caso recente de São Vicente.

“Não podemos combater fenómenos naturais, mas podemos preparar respostas claras, definindo responsabilidades das instituições e da própria comunidade envolvente”, disse.

Para a coordenadora, a preservação do património cultural, material e imaterial, face às mudanças climáticas, constitui actualmente uma das prioridades centrais da Unesco.

A responsável destacou que a formação, financiada pela Agência Espanhola de Cooperação, incluiu igualmente a componente da acessibilidade, prevendo-se adaptações no museu do sítio para assegurar que todas as pessoas, incluindo aquelas com necessidades específicas, tenham acesso em condições adequadas.

Esta acessibilidade, sublinhou, vai além do acesso físico, abrangendo também a linguagem, a comunicação e os meios dirigidos a públicos como invisuais.

Sandra Mascarenhas adiantou ainda que o ciclo de capacitações vai continuar. Depois da acessibilidade e das alterações climáticas, a próxima formação incidirá sobre a gestão de acervos museológicos.

TC/ZS

Inforpress/Fim

Partilhar