
Espargos, 26 Set (Inforpress) – O delegado de Saúde do Sal confirmou, hoje, que a ilha tem neste momento quatro casos de dengue importados de outras ilhas, mas apela à população para esta luta na prevenção de focos de mosquitos transmissores.
José Rui Moreira falava numa entrevista para fazer o balanço da situação da doença na ilha do Sal, que embora ainda tenha apenas registo de casos importados, apelou a “todo o cuidado da população”, no sentido de diminuir a possibilidade de ter criadouros de mosquitos em casa ou arredores.
“No Sal, até agora, tivemos uma média de oito casos suspeitos, quatro casos já foram confirmados, um caso suspeito que testou negativo ao PCR (Reacção em Cadeia da Polimerase) e temos ainda três casos pendentes para testes”, sublinhou.
Para o delegado local, todos os suspeitos estão sendo isolados e acompanhados, por forma a evitar que sejam picados pelos mosquitos transmissores, principalmente nos primeiros sete dias em que a pessoa infectada tem quantidade de vírus no sangue muito alta que pode contaminar o mosquito.
“Daí um outro apelo às pessoas que viajam, principalmente para as ilhas mais críticas neste momento, que tomem as medidas recomendadas e ao regressarem para ilha de residência, tendo sintomas, que se dirijam aos centros de saúde, para o diagnóstico atempado e as medidas cabíveis”, apelou.
Segundo a mesma fonte, neste momento, a luta é para diminuir a população de mosquitos na ilha e impedir uma transmissão comunitária, que, no seu entender, “seria um grande problema para a ilha”, e que colocaria em causa a segurança sanitária.
Lembrou que o Aedes Aegypti, mosquito vector, é um mosquito caseiro, por isso apelou à atenção “redobrada” aos sítios que podem acumular água e que tornam “viveiros de mosquitos”.
“Se nós queremos manter sem dengue, temos que evitar que tenhamos casos, porque tendo transmissão comunitária, tendo mosquito infectado, que coloca ovos que podem demorar até 450 dias, quando chover pode proliferar e o mosquito é contaminado”, continuou.
José Rui Moreira concluiu, apelando à população "a tudo fazer", para evitar o contacto do doente com o mosquito, para não perpetuar durante muito tempo a doença.
NA/ZS
Inforpress/Fim
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