Ilha do Sal: ARKIS acusa federação de “práticas inadequadas” em relação ao campeonato nacional de karaté

Espargos, 08 Ago (Inforpress) - O presidente da ARKIS, Daniel de Pina, acusou hoje a Federação Cabo-verdiana de Karate (FCK) de “práticas inadequadas” em relação ao campeonato nacional da modalidade que acontece nos dias 09 e 10 deste mês na ilha de Santo Antão.

O presidente da Associação Regional de Karaté da ilha do Sal (ARKIS), fez essas acusações durante uma conferência de imprensa convocada para anunciar que a associação regional do Sal não irá participar no campeonato.

“A Federação Cabo-verdiana de Karaté tomou decisões que não respeitam os princípios de justiça e transparência. Um exemplo disso é o convite feito a uma escola que não pertence à FCK nem à ARKIS, o que vai contra os regulamentos estabelecidos”, explicou.

Daniel de Pina afirmou que a federação “não pode convidar nenhuma escola para participar no nacional sabendo que a escola sequer pertence à associação e que os atletas sequer são federados”.

Lembrou que no ano passado aconteceu a mesma coisa na ilha da Boa Vista e considerou isso de “abuso de parte da federação”.

A mesma fonte considerou que esta é uma “manobra” para excluir atletas da ilha do Sal.

“Existem indícios de que a FCK tomou acções deliberadas para deixar os atletas da Ilha do Sal fora do campeonato, o que prejudica o desenvolvimento e a visibilidade dos nossos atletas”, denunciou.

Para o presidente, até que o Tribunal decida, a associação do Sal, ARKIS, “é a única que pertence à federação com quota paga desde o ano passado”.

“Portanto, a federação está a ignorar os atletas do Sal que ficaram sem participar do campeonato no ano passado e a mesma coisa este ano (…), estamos a pedir que quem de direito se posicionem porque esse tipo de abuso vai continuar”, apelou.

O presidente da ARKIS mostrou ainda “indignado” pela exclusão de algumas associações, exemplificando que a FCK não fez o convite à Associação de Karaté da Boa Vista, “deixando-os de fora da competição sem justificativa clara”, facto que o mesmo diz considerar “uma prática discriminatória e desrespeitosa”.

Daniel de Pina diz “lamentar profundamente” qualquer inconveniência ou decepção que esta decisão possa causar aos envolvidos, “especialmente aos atletas que têm trabalhado arduamente em sua preparação”, mas diz que continua comprometido com o desenvolvimento do karate na Ilha do Sal.

NA/CP

Inforpress/Fim