Espargos, 21 Ago (Inforpress) – A ilha do Sal enfrenta uma grave crise de abastecimento de água desde quarta-feira, afectando mais de 20 mil residentes, situação que leva a população a procurar alternativas desesperadas para conseguir o "líquido precioso".
Com as redes de distribuição paralisadas, muitos moradores têm se virado para os chafarizes locais, os únicos pontos de onde ainda é possível obter água.
No entanto, o abastecimento é limitado e, para evitar o esgotamento total dos recursos, a venda está sendo racionada, ou seja, cada pessoa pode comprar no máximo cinco boias de 20 litros.
Essa medida, embora necessária para gerir a escassez, tem gerado filas e frustração entre a população, que considera a quantidade insuficiente para as necessidades diárias.
A situação foi desencadeada por duas rupturas na conduta principal de 400 milímetros, que liga a central de Palmeira ao reservatório de Morro Curral.
De acordo com um comunicado da empresa responsável pela distribuição de água, Electra, suas equipas técnicas estão a trabalhar para reparar as avarias.
No entanto, o fornecimento de água só deverá ser restabelecido no próximo domingo, prolongando a situação de emergência.
A escassez prolongada de água potável representa um sério risco à saúde e à higiene pública, além de um enorme desafio para o dia a dia de milhares de famílias.
A falta de um plano de contingência eficaz e o alegado “tratamento diferenciado” para o sector turístico” têm sido pontos de forte contestação por parte dos residentes da ilha, que esperam que o abastecimento seja retomado o mais breve possível.
NA/CP
Inforpress/Fim
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