Porto Inglês, 17 Jun (Inforpress) – O coordenador do projecto de implementação do Centro Integrado de Tratamento de Resíduos Sólidos (CITRES) na ilha do Maio, João Martins, afirmou hoje que a ilha pretende tornar-se uma referência nacional na recolha e reciclagem de resíduos.
Em declarações à Inforpress, aquele responsável explicou que o principal objectivo do projecto é encerrar a actual lixeira municipal e criar um aterro sanitário, com um centro de recolha e triagem de resíduos sólidos.
“A nossa ideia é criar um sistema que permita a separação e a recolha selectiva dos resíduos, com a implementação de ecopontos em toda a ilha”, sublinhou, acrescentando que a meta é valorizar “ao máximo” os resíduos produzidos no Maio.
O projecto prevê, além da recolha selectiva, a reciclagem de resíduos para produção de artesanato e materiais destinados à construção civil, contribuindo para a economia circular e a redução do impacto ambiental.
Para isso, além da instalação de ecopontos em todas as localidades, a iniciativa aposta na sensibilização da população para a separação do lixo nas suas casas, e na capacitação dos técnicos da câmara municipal para uma recolha eficiente e direccionada para os locais adequados.
Neste momento, o projecto encontra-se em fase de estudos. Já foi concluído o estudo de caracterização dos resíduos produzidos na ilha, que revelou uma predominância de plástico e vidro.
Seguem-se agora os estudos prévios para determinar a localização e dimensão do futuro aterro sanitário, e posteriormente será realizado o estudo de impacto ambiental, passo necessário para o arranque das obras.
João Martins acredita que a implementação do centro trará diversos benefícios à ilha, como a melhoria da qualidade ambiental, o aumento da consciencialização da população, mais contentores à disposição, a criação de novos postos de trabalho e incentivos ao turismo sustentável.
Orçado em quatro milhões de euros e com uma duração de três anos, o Centro Integrado de Recolha e Tratamento de Resíduos Sólidos é visto pelos financiadores como um projecto piloto que pode ser replicado em outras partes do país.
O projecto conta com co-financiamento da União Europeia e da Cooperação Portuguesa, através do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P.
Tem ainda a parceria estratégica da LIPOR – Associação de Municípios para a Gestão Sustentável de Resíduos do Grande Porto, Câmara Municipal do Maio, Ministério da Agricultura e Ambiente, Direcção Nacional do Ambiente, Agência Nacional de Água e Saneamento e da empresa Água e Energia do Maio.
RL/ZS
Inforpress/Fim
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