Cidade da Praia, 20 Mai (Inforpress) – O presidente do conselho de administração do Hospital Universitário Dr. Agostinho Neto (HUAN) afirmou hoje que a instituição vai passar por uma requalificação visando um atendimento “mais humanizado” e quadros “mais especializados” para responder com “maior celeridade”.
Evandro Monteiro fez essa afirmação à imprensa aquando da entrega de materiais doados ao hospital da Praia pela Empresa Nacional de Aeroportos e Segurança Aérea (ASA) que abrange dez cadeirões de repouso, dez suporte de rodado de soro e duas cadeiras de roda.
Para melhorar o atendimento no hospital da Praia, Monteiro avançou que a instituição está a promover formações para reforçar a ‘front office’, estando a organizar parcerias com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IFEP) e outros parceiros como a Uni-CV para reforçar a comunicação nas línguas internacionais.
“Cabo Verde, cada vez mais é um espaço turístico, e o turismo de saúde e saúde para o turista, também faz parte desta visão. E nós queremos ter também os nossos profissionais internos de ‘front office’ e não só, preparados e reforçados na língua estrangeira, sobretudo tendo em conta os nossos visitantes”, explicou, salientando que o que se pretende é que os visitantes estrangeiros sintam próximos na língua e que as informações sejam entendidas “da melhor maneira possível”.
Evandro Monteiro que frisou estar em curso um processo de informatização em saúde, no serviço de urgência, que admitiu tratar-se de uma “mais valia” e de reforço para a humanização dos cuidados, desde o atendimento inicial até a dispensa dos pacientes.
“Esse vai ser mais um grande ganho para o reforço da humanização nos cuidados, mas, como disse, também será associado a um projecto de requalificação física do espaço, que irá assegurar não só melhor ventilação, iluminação, o conforto do próprio paciente e também da segurança”, ressaltou.
Informou ainda que no final do mês de Maio ou início de Junho, o HUAN vai receber uma formação que está sendo concebido em parceria com o Cesaran, associado à reanimação cardiopulmonar, e destinado aos profissionais de saúde, médicos e enfermeiros, pessoas que lidam no dia-a-dia com situações de urgência.
A formação, segundo disse, vai permitir ao formando uma credencial que lhe dá garantia técnica e assegura também a possibilidade de treinar outros profissionais, tanto no HUAN como em outras estruturas de saúde.
“Tudo isso são valências que progressivamente estamos a introduzir no nosso hospital, para aumentarmos a fasquia qualitativa e assegurarmos também a vertente didática ou formativa”, disse, lembrando que na semana passada cerca de três dezenas de enfermeiros concluíram uma formação e receberam ferramentas que lhes permitam continuar a especialização.
Questionado sobre os blocos operatórios do hospital que não têm funcionado na sua plenitude, admitiu tratar-se de uma preocupação da equipa administrativa que tudo está a fazer para melhorar as condições dos serviços do hospital.
“É uma preocupação nossa, e como sabem, há muitos desafios. Mas mais do que desafios, eu gosto de dizer possibilidades e oportunidades. O bloco operatório é transversal e é um sector-chave em qualquer hospital dessa dimensão, tendo em conta as suas especificidades e as suas responsabilidades”, realçou.
Perante tal situação, informou que os trabalhos no bloco operatório estão em curso e, na fase final dos trabalhos, estando-se a colocar o tapete que faltava para responder às orientações padronizadas internacionalmente e que permite melhores condições de desinfecção e esterilização.
PC/AA
Inforpress/Fim
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