Guiné Bissau: Governo dá orientações à Embaixada para apoio e protecção consular à comunidade cabo-verdiana

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Guiné Bissau: Governo dá orientações à Embaixada para apoio e protecção consular à comunidade cabo-verdiana
27/11/25 - 03:47 pm

Cidade da Praia, 27 Nov (Inforpress) - O ministro dos Negócios Estrangeiros assegurou hoje que a Embaixada de Cabo Verde na Guiné-Bissau recebeu orientações de apoio e protecção consular à comunidade e às pessoas que se deslocaram àquele país e não puderam regressar a tempo.

José Luís Livramento fez essas declarações à margem da segunda reunião da Comissão Conjunta de Cooperação Económica, Comercial e Técnica, Húngara-Cabo-verdiana, face à situação política na Guiné-Bissau.

“Nós estamos em contacto permanente com a nossa Embaixada que recebeu orientações claras de apoio à nossa comunidade, principalmente aqueles que neste momento se deslocaram à Guiné-Bissau e não puderam regressar a tempo. Por exemplo, temos pessoal que esteve a fazer parte da supervisão eleitoral, colegas vossos que estão lá (…) para que tenham todo o apoio possível”, reiterou.

“É uma situação triste para nós todos, cabo-verdianos, guineenses e africanos, seja como irmãos da CPLP, irmãos muito próximos, seja também para o nosso continente africano. Fazendo as contas, só na nossa sub-região da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), já temos cinco países atingidos por golpes de estado militares”, mencionou, referindo-se à Guiné-Conacri, e mais três recentemente, isto é, Burkina Faso, Níger e Mali, e agora Guiné-Bissau.

Segundo a mesma fonte, este número representa um terço dos 15 países que formam a CEDEAO, e Cabo Verde condena qualquer exercício do poder pela força das armas.

“Nós defendemos a força do voto e não a força das armas. Por isso, repudiamos aquilo que aconteceu e está a acontecer, mas também apelamos a que, rapidamente, a ordem constitucional seja restabelecida, a começar pela conclusão do processo eleitoral”, manifestou, reiterando que o Governo está atento a todo este processo.

A imprensa internacional divulgou na quarta-feira, 26, que, de acordo com um comunicado das Forças Armadas guineenses, os militares tomaram o poder na Guiné-Bissau, depois de um tiroteio que durou cerca de meia hora.

O comunicado foi lido na televisão estatal guineense pelo porta-voz do Alto Comando Militar, Dinis N´Tchama, que informou que os militares assumiram a liderança do país.

Uma alegada tentativa de golpe de Estado que membros da sociedade civil e de partidos da oposição denunciam como sendo uma manobra do chefe de Estado para suspender o processo de contagem de votos das eleições presidenciais de domingo, que lhe seria desfavorável.

O general Horta Inta-A foi hoje empossado Presidente de transição da Guiné-Bissau, numa cerimónia que decorreu no Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses, um dia depois de os militares terem tomado o poder.

SC/AA

Inforpress/Fim

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