Cidade da Praia, 16 Abr (Inforpress) - O Governo, através do ministro da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, Fernando Elísio Freire, comprometeu-se, para o próximo ano, a aumentar o valor do apoio financeiro destinado ao funcionamento das associações que actuam na área da deficiência.
A promessa foi feita após o acto de assinatura de protocolo de apoio financeiro para o funcionamento dessas associações, nomeadamente, a Adevic, Acarinhar, Colmeia, Associação Cabo-verdiana de Deficientes, Apimud e Cenorf, que ronda um total de 20 milhões de escudos.
O ministro agradeceu as associações por tudo aquilo que tem feito pela inclusão de pessoas com deficiência reconhecendo que se trata de um trabalho “difícil, árduo, e de obrigação de todos os cabo-verdianos, e principalmente do Governo”, que deve criar as condições para que as associações possam trabalhar da melhor forma possível e atingir os seus objectivos.
“Quero aqui comprometer e garantir-vos que temos condições para neste momento podermos aumentar o valor desse protocolo tendo em conta que criamos instrumentos financeiros que nos consigam ajudar ou melhorar essa relação financeira a partir do próximo ano”, disse.
Segundo afirmou, o primeiro passo para se resolver os problemas é reconhecê-los, tendo assegurado que o executivo muito tem feito tendo em conta as poucas condições do país, e que neste momento está em condições de fazer ainda mais.
“Queria dizer-vos que sabemos bem que o acesso à educação, à saúde, ao rendimento, o acesso a bens básicos das pessoas com deficiência ainda não é o ideal em Cabo Verde", observou, avançando que a questão do alargamento da protecção social, a reforma da protecção social que se está a fazer neste momento vai incluir um conjunto de comparticipações que ainda não estão a ser cobertos pelo sistema obrigatório.
De entre eles apontou o alargamento da comparticipação das fisioterapias, a participação na fisioterapia da fala, na melhora da qualidade de vida de pessoas com deficiências e os termos de referência da reforma de segurança social, no sentido de melhorar substancialmente a política de cuidados, e de protecção social no país.
“Vamos fazer cada vez mais, existem condições para fazer este trabalho apesar da demanda (…), o facto de termos criado um instrumento financeiro, o Fundo Mais, vai permitir alocarmos recursos directamente a grupos mais vulneráveis, como pessoas com deficiência. E o facto também de estarmos a incluir nas nossas relações internacionais o enfoque nessas pessoas é um sinal claro de que a situação vai continuar a melhorar”, salientou.
Em representação dos beneficiários, o presidente da Associação dos Deficientes Visuais de Cabo Verde (Adevic), Marciano Moreira, agradeceu “profundamente” esta “grande parceria” com o Governo, representado pelo Ministério da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social.
“Acreditam que é com muito orgulho que estamos aqui neste acto tão importante, porque sem esta parceria seria praticamente impossível as associações desenvolverem as suas acções em prol daqueles que mais precisam”, afirmou.
O responsável fez os votos que este protocolo sirva para tudo fazerem para que as pessoas com deficiência tenham uma melhoria significativa na qualidade de vida, ressaltando a parceria do Governo nesta conjuntura que o mundo atravessa, em prol dos mais vulneráveis e do desenvolvimento do país.
ET/CP
Inforpress/Fim
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