Governo quer inclusão digital das rabidantes para aumentar capacidade de intervenção nos seus negócios

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Governo quer inclusão digital das rabidantes para aumentar capacidade de intervenção nos seus negócios
07/06/25 - 04:17 pm

Cidade da Praia, 07 Jun (Inforpress) – O Governo quer integrar as rabidantes no sistema digital para aumentar a capacidade de intervenção nos seus negócios e terem maior rendimento, através da iniciativa “Nu krê ser digital”, evento promovido hoje pelo primeiro-ministro.

O evento, que decorreu na Sala de Conferências do Parque Tecnológico de Cabo Verde, respondendo assim ao desafio lançado por um grupo de rabidantes de Sucupira, contou com uma sala bem composta destas profissionais, que aproveitaram o momento para, na presença do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, e do ministro da Promoção e Fomento Empresarial, exporem as suas preocupações.

Admitindo o papel que estas mulheres desempenham na economia informal e no tecido social cabo-verdiano, o chefe do Governo sublinhou que a atitude empreendedora é “uma coisa muito positiva”.

“Não ouvimos aqui ninguém a pedir coisas. Ouvimos pessoas a dizer que querem crescer, ter oportunidades, instrumentos e condições de acesso ao financiamento e depois pagar esse financiamento. Isso é que torna as coisas sustentáveis. Porque o dar depois acaba e permitir o empoderamento fica no tempo, as pessoas conseguem se desenvolver e criar melhores condições para as suas vidas e para os seus negócios”, fundamentou.

O encontro com as rabidantes permitiu esclarecimentos sobre a utilização digital, desde a facilitação da promoção dos seus negócios, informação, literacia financeira, contacto com os clientes, venda de produtos em casa, entre questões mais específicas, nomeadamente a relação com as finanças, as alfândegas, o sistema financeiro e o financiamento.

“E nós estamos a trabalhar para dar uma solução integrada, desde a formalização, acesso à segurança social, à carteira profissional de uma forma organizada, estruturada e regulamentada, ao financiamento, nas condições de que o negócio das rabidantes permite, e o digital em si, como utilizar e potenciar o seu uso que está ao alcance de um telemóvel.

“Para poderem aumentar a capacidade de intervenção dos seus negócios e ter maior rendimento, criar melhores condições para cada um e para as suas famílias”, completou Correia e Silva, destacando a intenção de muitas dessas senhoras em criar os seus pequenos negócios formalizados, isto é, micro e pequenas empresas.

Em nome da classe, Nélida, presidente da Associação de Rabidantes de Santiago Sul, disse que é com “enorme satisfação” que participam neste evento, promovendo o intercâmbio de experiência, com base no espírito de equipa.

“O nosso principal objectivo é partilhar experiências e recolher subsídios que possam servir-nos como guia ou GPS para o futuro”, manifestou, considerando que a formação e o financiamento são ferramentas “fundamentais” para a promoção do auto-emprego e, consequentemente, para a criação de empregos na sociedade.

SC/HF

Inforpress/Fim

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