
Cidade da Praia, 23 Out (Inforpress) – O director-geral das Comunidades, Martinho Ramos, manifestou hoje, na cidade da Praia, o interesse do Governo em dar centralidade à diáspora cabo-verdiana envolvendo-a em todo o processo de desenvolvimento.
Em declarações à imprensa, à margem do workshop multissetorial “Ligar Diásporas e Instituições”, Martinho Ramos afirmou que esta missão que veio a Cabo Verde está em alinhamento com aquilo que é o Plano Estratégico do Ministério das Comunidades, que é integrar a diáspora no seu processo de desenvolvimento onde é visto como um “parceiro estratégico forte”.
Questionado se para ser um parceiro estratégico forte a diáspora deve contar com alguns apoios do Governo de Cabo Verde, aquele responsável do sector das comunidades afirmou estar de acordo com algumas facilitações apontadas pelo primeiro-ministro, visando a simplificação dos processos de tramitação dos pedidos da diáspora.
“O país está a trabalhar na transformação digital na prestação de serviços públicos à nossa diáspora. Tem corrido bem e nós temos também o portal consular que facilita, e de que maneira, encurta distância do país e a sua diáspora, onde podem fazer qualquer pedido, nomeadamente, certificação de documentos, bilhete de identidade, CNI e passaporte”, sublinhou.
Realçando ainda haver uma gama alargada de serviços que são prestados no portal consular que ainda a diáspora não está “muito alinhada”.
Martinho Ramos destacou ainda respostas com políticas fortes do Governo que têm a ver com a digitalização de serviços públicos, a criação do certificado do investidor imigrante, que facilita o investimento da diáspora, atribuindo incentivos fiscais e benefícios à diáspora por realização de investimentos em Cabo Verde.
“A nossa diáspora tem outras vantagens, por exemplo, a importação de material de construção para a reabilitação da sua primeira habitação tem isenção alfandegária”, acrescentou.
Cabo Verde, segundo Martinho Ramos, tem feito um trabalho complementar com a diáspora para facilitar o investimento produtivo-reprodutivo, uma vez que o investimento não se resume apenas à habitação própria, mas também com a criação de oportunidades de negócios e postos de emprego.
Quanto a este propósito, o director-geral das Comunidades lança um repto à diáspora no sentido de focarem, para além das remessas financeiras, no investimento reprodutivo no país.
PC/ZS
Inforpress/Fim
Partilhar