PM diz que 13 e 20 de Janeiro são dois momentos históricos do país que não devem estar em competição

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PM diz que 13 e 20 de Janeiro são dois momentos históricos do país que não devem estar em competição
16/01/25 - 01:50 pm

Cidade da Praia, 16 Jan (Inforpress) – O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, defendeu hoje que 13 e 20 de Janeiro são dois momentos históricos de Cabo Verde que "não devem estar em competição", uma vez que “constituem conquistas de várias gerações do povo cabo-verdiano”.

As declarações do chefe do Governo foram feitas à imprensa, na Praia, à margem do acto de entrega da terceira edição dos prémios científicos, ao ser instado a reagir sobre as declarações do líder parlamentar do Movimento para a Democracia (MpD-poder), na sessão solene de 13 de Janeiro.

Na ocasião, Celso Ribeiro sugeriu um pedido de desculpas pela instauração do monopartidarismo em Cabo Verde, afirmação que gerou polémica no seio dos cabo-verdianos, passados 34 anos após esta conquista.

Além disso, apelou à atenção das autoridades para respeitarem os feriados nacionais, isto, após constactar que a autarquia praiense “discriminou” o feriado de 13 de Janeiro, Dia da Liberdade e da Democracia, em relação ao de 20 de Janeiro, Dia dos Heróis Nacionais, ao obrigar alguns colaboradores a trabalharem num e dispensá-los noutro.

Sobre estas afirmações, Ulisses Correia e Silva considerou que não houve nenhuma intenção de “apoucar” a independência de Cabo Verde por parte do Celso Ribeiro, sublinhando que é preciso ultrapassar isto.

“Não há dicotomia entre aquilo que é o valor da independência e aquilo que é o valor da liberdade e da democracia. Dois momentos históricos não estão em competição, não devem estar em competição, são conquistas do povo cabo-verdiano de várias gerações”, afirmou.

A seu ver, não se deve aproveitar também as declarações do líder da bancada do MpD para se tentar criar um ambiente “quase de conflito” entre quem valoriza a independência e quem não valoriza a independência e igualmente e entre quem valoriza a democracia e quem não valoriza a democracia.

“Todos nós devemos valorizar a independência e a democracia. “Portanto, criar situações de trincheiras, de combates relativamente a este tipo de momentos históricos não cria pedagogia positiva”, acrescentou o também presidente do MpD.

Para o primeiro-ministro, as coisas não acontecem por momentos espontâneos, ou seja, explicou, assim como a independência foi uma aspiração e um combate a diversos níveis de várias gerações de cabo-verdianos, o 13 de Janeiro também, pelo que defendeu que o mais importante é valorizar as duas datas.

ET/CP

Inforpress/Fi

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