Cidade da Praia, 18 Jun (Inforpress) - As Forças Armadas de Cabo Verde assinaram hoje um protocolo tripartido com a Agência da Aviação Civil (AAC), a Cabo Verde Airlines e a CV Handling, para o reforço da operação da aviação civil nacional de busca e salvamento.
Após a assinatura dos documentos na sede da entidade, na Cidade da Praia, o chefe do Estado Maior das Forças Armadas, António Duarte Monteiro, avançou que Cabo Verde vai receber uma aeronave que coloca ao País responsabilidade e desafios que só serão ultrapassados mediante esforços entre as instituições.
Segundo o contra-almirante, o avião vai ser operado pela Guarda Costeira, responsável pela busca e salvamento da vida humana, entre outras várias missões de interesse público, como evacuação médica feita de forma regular.
“Para se operar no sector aeronáutico, uma área altamente especializada, regulada e regulamentada, é necessário um conjunto de competências, experiências e capacidades tanto em termos de recursos humanos como equipamentos que a Guarda Costeira nesta fase ainda não dispõe” sublinhou, acrescentando que vai operar nos aeroportos civis com o espírito de melhor servir a população.
Por seu turno, o presidente do Conselho de Administração da Agência de Aviação Civil (AAC), Mário Margarido Gomes, asseverou que consciente da necessidade de estabelecer uma comunicação institucional e permanente, a realizar-se de forma equilibrada, a instituição tem mantido a colaboração com a Forças Armadas desde 2017.
Disse que a AAC, que completa 20 anos no dia 12 de Julho, tem como missão regular e promover o desenvolvimento eficiente da actividade em Cabo Verde, e por isso tem contribuindo de forma “indelével” para o crescimento do sector.
“Estamos aqui hoje em sinônimo de contribuição para o crescimento da aviação e do seu papel de desenvolvimento para a nossa economia e para a preservação da segurança de pessoas e infraestrutura”, sublinhou, acrescentando que a aeronave destina-se a satisfação das necessidades públicas urgentes de patrulha, fiscalização aérea e marítima e na busca e salvamento nas regiões nacionais.
Este protocolo, adiantou, será capaz de criar um ambiente seguro e atrativo na aviação militar, possibilitando a alteração e retenção de melhores quadros institucionais, contribuindo para o aumento de qualidade e supervisão e garantindo a segurança operacional.
Conforme realçou, a agência tem vindo a implementar medidas para a melhoria aeronáutica e técnica, agindo com assertividade e rigor para o desenvolvimento do sector a nível nacional.
O administrador executivo da Cabo Verde Airlines, Carlos Lopes, enalteceu a colaboração mantida com a Forças Armadas, afirmando que neste momento está-se a retomar um protocolo que vai agora iniciar numa nova fase com a vinda da aeronave.
“A Cabo Verde Airlines disponibilizará todos os recursos que estiverem disponíveis a nível de diversas áreas para poder colaborar em todas as vertentes neste protocolo. Estamos neste momento já em trabalho mútuo e a desenvolver os esforços para que a colaboração seja em todos os níveis” assegurou, ressaltando que este protocolo é uma mais- valia para o País.
Por sua vez, o administrador executivo da CV Handling, António Pinheiro, explicou que a colaboração estabelece as bases gerais do protocolo entre as duas entidades promovendo o desenvolvimento da aviação militar mediante intercâmbio e apoio mútuo.
LT/JMV
Inforpress/Fim
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