
Macau, China, 26 Out (Inforpress) – Três exposições comerciais realizadas em Macau terminaram no sábado com a assinatura de mais de 140 acordos de cooperação, indicou a organização, referindo que 15% envolvem países de língua portuguesa.
A 2.ª Exposição Económica e Comercial China-Países de Língua Portuguesa (C-PLPEX), a 30.ª Feira Internacional de Macau (MIF) e a Exposição de Franquia de Macau 2025 (2025MFE), decorreram em simultâneo, entre quarta-feira e hoje.
O número de acordos celebrados durante os quatro dias registou "um aumento superior a 30% em relação ao ano anterior", abrangendo áreas como "turismo e lazer integrados, 'big health' da medicina tradicional chinesa, tecnologia de ponta, convenções e exposições, cultura, desporto, produtos agrícolas, agenciamento de marcas, cooperação sino-lusófona, entre outras", referiu, em comunicado, o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM).
Ainda de acordo com o IPIM, 15% destes acordos envolviam países do universo lusófono, "reflectindo o valor das exposições no aprofundamento da cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa".
A China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) como plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003 e, nesse mesmo ano, criou o Fórum de Macau.
O organismo integra, além da China, os nove Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e, desde 2022, Guiné Equatorial.
Por outro lado, referiu ainda o IPIM, quase 80% dos acordos celebrados estavam relacionados com as indústrias '1+4'.
O modelo '1+4', criado pelo Governo de Macau como resposta à necessidade de diversificação da economia do território, profundamente dependente do jogo, pretende apostar nos seguintes sectores: indústria de saúde e bem-estar, indústria de finanças modernas, indústria de tecnologia de ponta e, por fim, a indústria de convenções, exposições e comércio, cultura e desporto.
O IPIM, lê-se ainda na nota, deu a conhecer a mais de 350 empresas o "ambiente de investimento e as vantagens comerciais de Macau".
Até ao momento, 68 empresas, incluindo de Portugal e do Brasil, "já subscreveram a declaração de intenções de investimento, o que representa um aumento de 70% em termos homólogos".
Além disso, ao longo destes quatro dias, mais de 600 representantes empresariais de países de língua portuguesa, do Sudeste Asiático e de várias regiões da China continental visitaram Macau e a Zona de Cooperação Aprofundada, "a fim de conhecer as suas zonas comerciais e o seu ambiente comercial".
A Zona de Cooperação Aprofundada Macau-Guangdong, em Hengqin, é uma área económica especial, criada em 2021 com vista à diversificação económica e integração regional da RAEM no resto do país.
A C-PLPEX, a MIF e a MFE reuniram este ano mais de 1.100 expositores de quase 30 países, recebendo mais de 85 mil participantes, ainda de acordo com o IPIM.
Inforpress/Lusa
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