
Cidade da Praia, 14 Nov (Inforpress) – As enfermeiras, nos centros de Saúde da Fazenda e de Tira Chapéu, estão a implementar um projecto de prevenção e avaliação do pé diabético, visando reduzir úlceras, complicações graves e casos de amputação entre pessoas com diabetes.
Mónica Mendes e Vanusa Almeida estão a desenvolver um projecto inovador, focado na prevenção e vigilância do pé diabético, considerado uma das complicações mais graves e frequentes entre pessoas com diabetes.
A iniciativa surge no âmbito de um curso de capacitação de enfermeiros da atenção primária, integrado no projecto internacional CETAPAL, que reúne vários países e reforça a formação de profissionais de saúde.
Em declarações à Inforpress, à margem do Dia Mundial da Diabetes, assinalado hoje, a enfermeira do Centro de Saúde da Fazenda, Mónica Mendes, disse que o projecto se centra na criação de um protocolo de avaliação preventiva, com testes específicos, como o exame de sensibilidade com monofilamento, capaz de identificar precocemente alterações nos pés dos pacientes.
“O objectivo é prevenir úlceras e evitar que pequenas lesões evoluam para situações graves que podem culminar em amputações”, explicou.
A enfermeira salientou que vários factores, como o uso de calçado inadequado ou pequenas feridas não detectadas, podem desencadear úlceras difíceis de cicatrizar e que estão a trabalhar para orientar os pacientes sobre o autocuidado, cuidados básicos com os pés e sinais de alerta que não podem ser ignorados.
Mendes realçou que a ideia surgiu na formação, destinada inicialmente a enfermeiros da cidade Praia, exigindo que cada unidade de saúde desenvolva um projecto adaptado à sua realidade.
Diante do elevado número de casos de pé diabético na capital, a equipa optou por actuar na prevenção, considerada a área com maior impacto na saúde comunitária.
As expectativas são de que o projecto, actualmente em implementação nos centros de Saúde da Fazenda e de Tira Chapéu, seja futuramente expandido para outras unidades.
Mendes sublinhou que o objectivo é integrar o protocolo na “rotina diária dos enfermeiros e garantir continuidade no acompanhamento dos doentes”.
Destinado a todas as pessoas com diabetes, o projecto prevê que cada paciente realize, pelo menos uma vez por ano, uma avaliação específica para detecção precoce de alterações no pé diabético.
CG/SR//HF
Inforpress/Fim
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