Cidade da Praia, 13 Ago (Inforpress) - O cardeal Dom Arlindo Furtado considerou hoje que a igreja é essencial para reconstruir um futuro cada vez mais humano, instando as pessoas a terem paciência umas com as outras visando uma sociedade melhor.
Em entrevista à agência Inforpress, Dom Arlindo Furtado sublinhou que a presença de Deus ajuda a valorizar certas coisas e a desvalorizar outras, que o mundo cada vez mais secularizado e por vezes turbulento exalta, que a fé oferece respostas e conforto, proporcionando esperança e direcção.
O líder religioso da Igreja Católica apelou a crentes e não crentes para canalizarem as suas energias para a prática do bem, lembrando que "Deus dá forças e capacidades para fazer o bem e evitar o mal, na reconciliação, na paz e no amor".
"Amai-vos uns aos outros como eu vos amei, diz Jesus. E Jesus deu a vida por mim, deu a vida por nós. A mensagem cristã nos diz que devemos aprender com Jesus, a nunca nos cansarmos uns com os outros, mas a perdoar sempre, como Deus também nos perdoou a nós", enfatizou.
A exortação estende-se ao ambiente familiar, onde o cardeal incentivou o amor, a entreajuda, o perdão e a reconciliação, descrevendo a família como um espaço de acolhimento e preparação para o futuro.
Essa recomendação é igualmente dirigida aos jovens, que, segundo o bispo Dom Arlindo Furtado, muitas vezes se deixam arrastar por “coisas superficiais” como a droga, o álcool e outras coisas, que podem facilmente estragar o presente e o futuro da juventude.
“Portanto, o acolhimento, acompanhamento e a qualidade de educação das crianças, as gerações do presente e do futuro, a pobreza, a injustiça social, o meio ambiente, as dificuldades em termos de um trabalho e um salário digno, que ajuda a ter uma condição de vida razoável…tudo isso nos preocupa”, comentou.
Atendendo que o abandono, o virar de costas das gerações às instituições, tanto civis como religiosas, não é só em Cabo Verde, mas em todo mundo, o sacerdote advertiu que a mensagem da igreja é “maravilhosamente humanizante”.
“Mas, a igreja não mexe com a liberdade e a decisão de cada um. A igreja faz a proposta, a pessoa faz a sua experiência de vida, o Espírito Santo que vive no coração de cada um e nos ama, também vai tentando dar sugestões às pessoas, dirigindo o seu próprio coração”, referiu.
Analisando que na “Casa do Pai” há pão para todos e que a felicidade deste mundo é sempre parcial, Dom Arlindo Furtado concluiu que a igreja deve continuamente ter portas abertas para acolher e lembrar ao que está esquecido que há um Jesus Cristo e que Ele é Esperança.
“Ele nos ajuda a organizar a vida da melhor forma para sermos felizes neste mundo, mas sobretudo, o caminho da plenitude e da alegria e da felicidade com o nosso Pai do Céu e na comunhão dos santos na eternidade”, finalizou.
SC/CP
Inforpress/Fim
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