Director do Centro de Formação e Capacitação aconselha jovens que planeiam emigrar a investirem primeiro na formação profissional

Cidade da Praia, 28 Out (Inforpress) – O director do Centro de Formação e Capacitação (CFC), Nélido Silva, aconselhou hoje os jovens que planeiam emigrar para investirem primeiro na formação profissional, salientando que esta é a “melhor forma” de se prepararem para o mercado de trabalho.

Para Nélido Silva, que falava em declarações à Inforpress, a qualificação é o melhor caminho para encontrar emprego no país e no estrangeiro e para superar as dificuldades impostas pelas exigências sobretudo do mercado de trabalho.

Acrescentou ainda que a formação profissional tem um “papel importante” na protecção dos jovens da exploração e garantir-lhes melhores oportunidades no mercado de trabalho.

Aquele responsável afirmou que actualmente os Centros de Formação Profissional no país enfrentam desafios com a fuga de muitos jovens para o exterior à procura de melhores condições de vida.

Para ter mais sucesso na busca por emprego em um país estrangeiro, é aconselhável pesquisar as áreas de maior demanda no mercado de trabalho local e buscar formação ou capacitação nessas áreas antes de sair do país de origem, recomendou.

Nélido Silva realçou que a CFC tem apostado em vários cursos práticos para que os jovens tenham a chance de se inserirem mais rapidamente no mercado de trabalho em Cabo Verde e posteriormente no exterior.

Disse que muitos jovens cabo-verdianos têm optado pela emigração sem qualificações ou formação profissional, o que aumenta as dificuldades de inserção no mercado de trabalho no exterior.

“Ao chegarem a outros países sem uma qualificação formal, esses jovens enfrentam às vezes obstáculos na procura por emprego e acabam em trabalhos menos valorizados e com menos estabilidade”, observou.

Daí que o director do CFC destacou a importância de investir em formação, quer seja profissionalizante ou académica, antes de emigrar.

Em Cabo Verde, lembrou que os formandos que não têm condições financeiras que querem fazer uma formação profissional têm sido apoiados pelo Governo através do cadastro social, de nível 1 a 4, com a isenção de propinas, com financiamento através do Fundo de Emprego e Formação Profissional.

E os que têm cadastro social de nível 5 e ainda os que não têm pagam um valor que equivale a 1800 e 2500 escudos no centro de formação que dirige, considerando um preço simbólico para aqueles que querem ter capacitação em alguma área.

O Centro de Formação e Capacitação foi, no sábado passado, reconhecido como parceiro e de excelência pela UJAMAA Business Network durante a terceira edição do evento Gerasom di Miliom 3.0.

DG/ZS

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