Diáspora em França quer conhecer realidade do país para ajudar no desenvolvimento - presidente FACF

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Diáspora em França quer conhecer realidade do país para ajudar no desenvolvimento - presidente FACF
23/10/25 - 01:33 pm

Cidade da Praia, 23 Out (Inforpress) – O presidente da Federação das Associações Cabo-verdianas de França (FACF) afirmou hoje que a diáspora naquele país quer conhecer a realidade do arquipélago para ajudar no desenvolvimento, mas alerta para a necessidade de se combater a burocracia.

Wilson da Graça Robalo fez essas considerações à imprensa à margem da cerimónia de abertura do workshop multissetorial “Ligar diásporas e instituições”, realizado no âmbito do programa Connect’Diásporas de Cabo Verde e em parceria com o Fórum das Organizações Internacionais de Solidariedade com as Migrações (Forim) e o Ministério das Comunidades de Cabo Verde.

“Com este encontro queremos encontrar uma forma de ligar a diáspora com o país e saber como podemos juntos colaborar de uma forma integrada. A intenção é falar com as instituições públicas, privadas ou associações para podermos saber como andar de mãos dadas pensando em projectos a longo prazo”, disse, sublinhando que as associações em França querem saber como investir e em que área.

A FACF, segundo Wilson da Graça Robalo, conta com mais de 40 membros espalhados pela França que querem ter informações sobre como investir e ajudar o país a se desenvolver.

“O objectivo é saber de que forma podemos facilitar este trabalho das associações. Existem vários projectos, quer na área de água e saneamento, quer na área de solidariedade, educação, mulheres, empreendedorismo e desenvolvimento profissional”, acrescentou, apontando alguns problemas, principalmente, a questão da logística.

Quanto a investimentos em Cabo Verde, referiu que a diáspora em França quer continuar a contribuir não só com projectos, mas com intercâmbio entre jovens estudantes para que conheçam a realidade da terra dos seus progenitores.

“O mundo está a evoluir e nós estamos a pensar como continuar, junto com o Governo, em como continuarmos todos juntos”, observou, realçando que este é o primeiro passo do projecto “Connet Diáspora” financiado pela União Europeia através do parceiro Forim.

Para a vice-presidente da Forim, Fernanda Cabral Semedo, e responsável pelo Fórum da Diáspora Solidária ligado a imigração na França e abrangendo cinco continentes, o encontro vai servir para debater os laços que devem existir entre a diáspora, os dirigentes e as instituições cabo-verdiana.

O projecto “Connet Diáspora”, segundo disse, abrange seis países como Cabo Verde, Madagáscar e Congo Brazzaville, estando previsto também a entrada de Senegal, Angola e Comores que estão na fase de estruturação das suas federações.

“Em 2026 vamos voltar para encontros com o Governo e empresários para sabermos o que pode ser concretizado, pois, nós no terreno estamos bem organizados, pelo que precisamos que as nossas instituições sejam implicadas para termos um laço país/país e estado/estado”, realçou, sublinhando que o beneficiário de tudo isso é o país e o povo.

Durante o dia de hoje os participantes no workshop iniciaram o encontro com propostas de acções concretas e realistas e debateram e apontaram projectos com visão 2023 no âmbito de negócio.

PC/AA

Inforpress/Fim

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