Dia Mundial da População: Representante das Nações Unidas diz que humanidade só pode progredir com todos

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Dia Mundial da População: Representante das Nações Unidas diz que humanidade só pode progredir com todos
11/07/24 - 01:19 pm

Cidade da Praia, 11 Jul (Inforpress) – O representante do Fundo das Nações Unidas para População (UNFPA, sigla em inglês) considerou hoje que a humanidade só pode progredir se todos forem contados, independentemente da sua localização.

O representante do UNFPA em Cabo Verde, David Matern, que alertou para que se dobrem esforços na promoção da inclusão, enalteceu o lema deste 11 de Julho - “O poder dos dados inclusivos em rumo a um futuro resiliente e equitativo para todos”.

A este propósito, afirmou que não recensear uma pessoa significa torná-la invisível e consequentemente tirar-lhe a oportunidade de exercer os seus direitos.  

O Dia Mundial da População 2024 é, para David Matern, uma oportunidade para uma reflexão sobre os que ainda não contam e as consequências deste fracasso para os indivíduos e a sociedade, e um momento que desafia a todos a redobrar os esforços para garantir que os sistemas de dados reflitam toda a diversidade da comunidade global.

Ao parafrasear o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, Matern disse que para concretizar os direitos e as escolhas daqueles que estão à margem das sociedades “devem ser contados, porque todos contam”.

Enfatizou que para apoiar Cabo Verde na promoção da inclusão, o UNFPA intervém na implementação da estratégia da eliminação da pobreza extrema, na elaboração da estratégia nacional das pessoas com deficiência e na elaboração da Cartilha com Deficiência, bem como na implementação do Cadastro Social Único e no reforço do sistema nacional de estatística.   

O presidente do Instituto Nacional de Estatística (INE), por sua vez, enalteceu a importância dos dados estatísticos na identificação das desigualdades, com a “clara noção de que somente produzindo e divulgando dados fiáveis e oportunos consegue apoiar os decisores a elaborarem as melhores políticas para as populações”.

João Cardoso disse que o INE, enquanto órgão central da produção de estatística oficial em Cabo Verde, está a dar o seu melhorar para alcançar os objectivos, num país signatário da Carta de Dados Inclusivos, documento-chave para a definição de estratégica de produção de dados inclusivos, de forma “a não deixar ninguém para trás”.

O relatório sobre a Situação da População Mundial, denominado “Vidas entrelaçadas, fios de esperança: acabar com as desigualdades na saúde e nos direitos sexuais e reprodutivos”, destaca o impacto contínuo do racismo, do sexismo e de outras formas de discriminação no progresso da saúde sexual e reprodutiva das mulheres e raparigas.

O mesmo foi submetido a um debate logo após a sua apresentação pública.

SR/AA

Inforpress/Fim

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