
Sal Rei, 07 Set (Inforpress) – A Câmara Municipal da Boa Vista reconheceu hoje os problemas nas infra-estruturas de saneamento e drenagem da ilha e afirma que os “constrangimentos” pela falta de uma rede estrutural exigem soluções conjuntas.
As declarações foram feitas pelo vereador Abel Ramos após uma intervenção e limpeza na zona das salinas de Sal Rei, realizadas pela autarquia e surgem no seguimento de fortes críticas da oposição e da população, que denunciam uma situação de crise sanitária e inacção após as inundações na cidade de Sal Rei.
O vereador detalhou as acções da autarquia e o impacto da situação actual e confirmou que a Estação de Tratamento de Águas Residuais, provisória, está com avarias em equipamentos devido à água da chuva misturada com areia que tem sido bombeada, pelo que a CMBV solicitou aos técnicos que apresentem rapidamente “possíveis soluções” para retomar a operacionalidade.
Referente ao saneamento e Salina, Abel Ramos reconheceu o “mau cheiro” na zona, causado por uma “fuga da rede de esgoto”, mas a Câmara está a proceder com à limpeza do local e a usar cal para “minimizar o cheiro”, numa tentativa de criar um “ambiente mais saudável” para os munícipes.
O vereador afirmou que a drenagem é um problema histórico, pois a ilha “não tem rede de esgoto nem drenagem”, embora a CMBV tenha investido em calcetamento, este acabou por ser afectado pelas chuvas, obrigando a autarquia a fazer “aberturas” nas ruas para escoamento.
Abel Ramos defendeu, contudo, que a solução exige um “trabalho conjunto” entre a câmara municipal e o Governo, assegurando que a autarquia não vai “fugir à sua responsabilidade” e tem um plano de contingência para mitigar o problema a curto prazo, para que o próximo ano não existam esses problemas.
Apesar da “cota baixa” da Boa Vista, o vereador aponta o recurso a motobombas nas zonas mais baixas, como uma “alternativa” de emergência.
As declarações do vereador ocorrem num contexto das acusações do MpD à CMBV de “inacção e incompetência estrutural”, classificando a actuação da edilidade como “vergonhosa e desrespeitosa”, e da crítica de munícipes que lamentam a “falta de resolução” para os problemas que afectam a cidade.
MGL/HF
Inforpress/Fim
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