Celso Athayde advoga potencial de cooperação entre Brasil e Cabo Verde

Cidade da Praia, 21 Jun (Inforpress) – O fundador da CUFA Brasil, Celso Athayde, defendeu hoje a importância da troca de experiências e da cooperação contínua entre as periferias de Cabo Verde e do Brasil para enfrentar desafios sociais.

Em declarações à Imprensa à margem da actividade “Kumunidadi Fest” realizada na comunidade de Ponta d’Água, o fundador da Central Única das Favelas (CUFA) no Brasil destacou a relevância de espaços como este para fortalecer a integração entre comunidades de diferentes países.

“Para mim está sendo uma experiência muito rica e muito importante, surpreendeu-me positivamente ver o nível de integração desta iniciativa”, disse Athayde, sublinhando as semelhanças entre as realidades vividas nas periferias do Brasil e de Cabo Verde.

Para Celso Athayde estas trocas são “essenciais” para criar soluções conjuntas para problemas globais.

Defendeu ainda que a experiência acumulada pela CUFA em 68 países pode ser partilhada com Cabo Verde, alegando que “o Brasil tem muito a ensinar, mas também tem muito a aprender com Cabo Verde”.

O fundador da CUFA salientou a importância de encontros internacionais entre comunidades periféricas, à semelhança de fóruns económicos ou conferências médicas, para promover a partilha de ideias e boas práticas.

“As comunidades precisam se reunir, conversar e partilhar soluções que podem ser úteis a outros países com realidades parecidas”, afirmou, sublinhando a importância de plataformas como o “Kumunidadi Fest” para essa aproximação.

O evento, organizado pela Associação Cultural e Desportiva Maracanã e pela CUFA Cabo Verde, é mais uma expressão da vitalidade cultural e social das periferias cabo-verdianas, que procuram afirmar-se não apenas como espaço de carências, mas também de criação, resistência e transformação.

Para Celso Athayde esta visita marca o início de uma nova etapa de cooperação entre as organizações comunitárias dos dois países. Um intercâmbio que, segundo ele, pode ajudar a construir políticas públicas mais justas e eficazes, a partir das vozes das próprias comunidades.

CG/SR//ZS

Inforpress Fim