Cidade da Praia, 25 Set (Inforpress) – O Supremo Tribunal de Justiça deu razão ao antigo primeiro-ministro Carlos Veiga na questão relativa ao montante da sua reforma, pelo que se mostrou “muito satisfeito” com a decisão.
Parco em palavras, porque preferiu, no momento de ser abordado pela Inforpress, não falar sobre o assunto, Carlos Veiga garantiu que já tinha sido notificado e que está “muito satisfeito” com a deliberação do colectivo de juízes do STJ.
Há três anos que esperava por esta decisão judicial, mas foi dizendo à Inforpress que estava confiante num bom resultado.
A questão do montante da reforma que foi fixada ao antigo primeiro-ministro foi despoletada pela Inforpress.
Em entrevista à Agência Cabo-verdiana de Notícias, o antigo primeiro-ministro manifestou que não teve ainda direito a uma pensão aqui em Cabo Verde, uma situação que lhe causou uma “grande decepção”, pois não esperava que o país lhe fizesse uma coisa dessas.
“Essa é uma grande decepção, porque nunca esperei que o meu país me fizesse isso. Se eu não tivesse forças para continuar a trabalhar na advocacia… teria que viver com 130 contos. Uma decisão completamente ilegal”, lamentou, confiante, num bom resultado, vir a ganhar no Supremo Tribunal de Justiça.
Explicou que fez um requerimento, que foi, entretanto, deferido, mas com base numa contagem de tempo que não calculou grande parte do tempo em que esteve na mesa da Assembleia Nacional e os três anos como embaixador nos Estados Unidos da América.
Portanto, não contando esses anos, também não contaram os valores que percebia naquela altura e que deveriam repercutir-se na pensão, pelo que teve que recorrer ao Supremo Tribunal de Justiça, dizendo que a decisão tomada de lhe concederem a pensão de 130 contos, era “completamente ilegal”.
Assim, pediu que isso fosse revogado e lhe fosse atribuída a pensão correspondente ao tempo de serviço porque descontou, e espera que haja essa reparação.
“Entendi que não podia aceitar isso, como não estou para discussões, fui para o tribunal. Receberam os descontos todos e depois não me querem dar nem o tempo nem a pensão. Espero vir a ter, porque espero vir a ganhar no Supremo Tribunal de Justiça”, manifestou.
Além de primeiro-ministro, Carlos Veiga foi deputado e vice-presidente da Assembleia Nacional e embaixador de Cabo Verde nos Estados Unidos da América.
LC/ZS
Inforpress/Fim
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