Cidade da Praia, 30 Abr (Inforpress) - A Câmara Municipal da Praia, através do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), promoveu hoje a segunda edição da feira “Saúde, estética e bem-estar” para enaltecer a importância do autocuidado e da reabilitação psicossocial dos utentes em tratamento.
A iniciativa decorreu no quadro das celebrações do Dia Internacional da Saúde e do Dia da Cidade da Praia, através do CAPS, em Achada de Santo António, espaço que desde 2023 se dedica à reabilitação de pessoas com transtornos mentais e dependência química.
Em declarações à imprensa, a vereadora da Saúde e Acção Social, Suely Carvalho, salientou que o principal propósito da feira é garantir o bem-estar global dos participantes.
“Temos práticas como massagens, musicoterapia, meditação com aromaterapia, estética (manicure, pedicure e barbearia) e também serviços de estomatologia. São actividades pensadas para reduzir o estresse, melhorar a autoestima e incentivar o autocuidado entre os utentes”, afirmou.
O CAPS, que funciona em instalações adaptadas no antigo abrigo municipal desde Junho de 2023, conta 47 pessoas em seguimento, das quais 17 são funcionários da própria câmara.
Contudo, o espaço só pode acolher 15 utentes por ciclo, devido às limitações da equipa técnica, composta por um psicólogo clínico, um assistente social, um enfermeiro especializado em psiquiatria e, semanalmente, um psiquiatra.
A vereadora reforçou que para ampliar a capacidade de resposta do CAPS será necessário garantir novos financiamentos e parcerias.
“Precisamos do apoio do Ministério da Saúde e de entidades internacionais para construir um espaço de raiz e reforçar a equipa técnica. O objectivo é ampliar o número de atendimentos e oferecer respostas mais abrangentes à saúde mental no município “explicou.
Por outro lado, o enfermeiro Emerson Costa, que actua na linha da frente no acompanhamento de utentes com dependência de substâncias psicoativas, trouxe um olhar técnico e humano sobre os desafios enfrentados no dia a dia.
“Quando falamos de saúde mental e de pessoas que fazem uso de substâncias, lidamos com um duplo desafio: o clínico e o social. O trabalho aqui é tentar resgatar a dignidade humana, reduzir o consumo e minimizar os danos, sempre em parceria com os psicólogos e, sobretudo, com as famílias”, destacou.
Segundo o enfermeiro, apesar dos obstáculos, o CAPS já contabiliza casos de sucesso.
“Este centro tem-se mostrado uma resposta assertiva no tratamento da dependência química. Mas é importante frisar que essa é uma luta constante, os pacientes precisam seguir com determinação o plano terapêutico, e nós, profissionais, precisamos estar atentos, disponíveis e persistentes”, finalizou.
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Inforpress Fim
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