Cabo Verde leva “Mapeamento Piloto da Diáspora” a São Tomé e Príncipe (c/áudio)

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Cabo Verde leva “Mapeamento Piloto da Diáspora” a São Tomé e Príncipe (c/áudio)
13/05/25 - 07:25 pm

Cidade da Praia, 13 Mai (Inforpress) –  O coordenador do projecto Mapeamento da Diáspora Cabo-verdiana no Mundo, cuja fase piloto arrancou em São Tomé e Príncipe, para identificar e integrar comunidades emigradas no processo de desenvolvimento nacional disse que já iniciaram a socialização na Guiné-Bissau.

Em entrevista à Inforpress, Miguel Sousa explicou que o projecto já passou por países como Portugal e Estados Unidos da América, e que actualmente decorre na Guiné-Bissau, onde têm sido promovidos encontros com comunidades cabo-verdianas.

Na Guiné-Bissau, onde decorre actualmente uma ronda de visitas, Miguel Sousa destacou o alto grau de integração da comunidade cabo-verdiana, estimada entre 10 a 20 mil pessoas, e defendeu um reforço do diálogo bilateral com as autoridades locais para proteger os direitos dos emigrantes.

O projecto, explicou, vai expandir prioritariamente para 25 países, com vista a alcançar, futuramente, todas as 42 nações com presença cabo-verdiana, com o propósito de identificar a diáspora e integrá-la no Sistema de Estatística Nacional.

“É uma iniciativa para unir a nação cabo-verdiana, dentro e fora do território, e garantir que ninguém fica para trás no processo de desenvolvimento”, frisou.

Segundo aquele responsável, a escolha de São Tomé e Príncipe como ponto de partida para a fase experimental deve-se ao facto de cerca de 60% da população local ter origem cabo-verdiana.

“Estamos a testar a metodologia de recolha de dados e contacto directo com a comunidade. A partir dos resultados deste piloto, vamos lançar o inquérito principal, previsto para o mês de Julho, nos 25 países onde Cabo Verde organiza eleições para a diáspora”, explicou.

De acordo com o coordenador, a iniciativa tem três objectivos centrais, com vista a promover a integração dos cabo-verdianos nos países de acolhimento, garantir políticas públicas que apoiem as comunidades emigradas e mobilizar os emigrantes para participarem activamente no desenvolvimento sustentável do país.

“É preciso criar conhecimento sobre onde estão os cabo-verdianos, quem são, o que fazem, e como podem contribuir para o crescimento de Cabo Verde”, sublinhou.

Lançado em Janeiro de 2024 pelo Governo, o Mapeamento da Diáspora Cabo-verdiana no Mundo é realizado pelo Instituto Nacional de Estatística de Cabo Verde com o financiamento do Banco Mundial.

Vai permitir a disponibilização de informações estatísticas, em como melhorar o conhecimento do potencial sobre a diáspora e suportar as decisões políticas públicas.

O projecto, de acordo com o Ministério das Comunidades, vai durar até 2026.

CG/SR//ZS

Inforpress Fim

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