Cidade da Praia, 09 Ago (Inforpress) – A Federação Cabo-verdiana de Halterofilismo (Fecah) de Cabo Verde e congénere de Portugal assinaram hoje, na cidade da Praia, um protocolo de cooperação que marca um novo capítulo no fortalecimento técnico, desportivo e institucional entre os dois países.
Em declarações à imprensa, a presidente da Federação Nacional de Halterofilismo de Portugal (FNH), Rita Antunes, destacou que este acordo visa criar ligações não só com as federações da comunidade lusófona, mas também, no futuro, com outros tipos de federações.
A responsável sublinhou que, nesta fase inicial, as federações que falam a língua portuguesa são uma prioridade, e vai servir de oportunidades de os atletas fazerem intercâmbios.
“O nosso objectivo é fazer intercâmbios de atletas. Os atletas portugueses virem cá fazer estágios e participar em provas em Cabo Verde, e vice-versa. O mesmo para treinadores e formação. Trouxemos já um dos nossos treinadores para partilhar a experiência de Portugal e também aprender convosco”, afirmou Rita Antunes.
A dirigente portuguesa reconheceu os “avanços significativos” de Cabo Verde na modalidade, atribuindo o crescimento ao trabalho do presidente da Fecah, Bino Santos.
Rita Antunes destacou a influência global do crossfit no aumento do interesse pelo halterofilismo, mas reconheceu que a modalidade ainda carece do mesmo apoio institucional que o futebol recebe, tanto em Portugal como em outros países.
Quanto ao calendário de actividades conjuntas, a presidente da FNH explicou que embora ainda não existam datas marcadas, o protocolo agora assinado permitirá definir os próximos passos para o crescimento mútuo das federações.
“Estamos numa fase inicial da nossa federação, com poucos apoios, mas queremos crescer em conjunto com a Federação de Cabo Verde”, afirmou.
Sobre o desempenho dos atletas cabo-verdianos, Rita Antunes elogiou a evolução técnica dos atletas cabo-verdianos.
Por sua vez, o presidente da Fecah frisou que a parceria “é essencial" para Cabo Verde, pois oferece a oportunidade de trabalhar com uma federação mais experiente, especialmente no que diz respeito ao levantamento de peso olímpico.
"Esta modalidade está a crescer. Já temos um atleta oficial internacional que participou em comissões a nível africano. Portanto, a possibilidade de termos formação aqui, com um técnico especializado, dá-nos a oportunidade de ter mais técnicos e atletas empenhados", frisou Bino Santos.
O halterofilismo é um desporto em que o atleta tenta levantar o maior peso possível, do chão até sobre a cabeça, num haltere ou numa barra em que são fixados pesos.
JBR/CP
Inforpress/Fim
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