Cabo Verde desenvolve acções para combater e prevenir doenças provocadas por mosquito e manter certificado

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Cabo Verde desenvolve acções para combater e prevenir doenças provocadas por mosquito e manter certificado
15/07/25 - 01:37 pm

Cidade da Praia, 15 Jul (Inforpress) – Cabo Verde deve manter um desenvolvimento constante de acções de combate e prevenção de doenças provocadas por mosquito, dada a sua condição de país húmido, disse hoje à Inforpress a presidente do Instituto Nacional da Saúde Pública (INSP).

“Nós temos um clima húmido e um ambiente propício a mosquitos, pelo que a nossa preocupação deve ser a vigilância constante já que somos um país com certificado livre do paludismo”, afirmou Maria da Luz Lima.

Segundo a presidente do INSP, esta certificação, concedida pela Organização Mundial da saúde (OMS) em 2024, exige que Cabo Verde desenvolva acções de prevenção no terreno durante todo o ano, especialmente na época quente e chuvosa, para evitar doenças provocadas por mosquitos.

“A nossa vulnerabilidade está relacionada com a transmissão vetorial. A vigilância inclui, o nosso trabalho de autoridades sanitárias com investigação e delegacias de saúde, através das equipas de luta antivetorial, com acções no terreno”, precisou.

A especialista em saúde pública indicou que o instituto de investigação tem vindo a identificar viveiros e larvas de mosquitos para alertar os municípios e as delegacias de saúde, permitindo a mobilização de equipas para combater os focos. 

“O instituto, além da comunicação trabalha também, junto com outras autoridades, para identificar focos e ajudar no combate ao mosquito que provoca paludismo”, ressaltou, acrescentando que as zonas de risco, particularmente na Praia, continuam a ser as mesmas, ou seja, locais onde existe muita água.

Nessas zonas, segundo disse, a vigilância tem de ser reforçada tanto pelas autoridades como pelas famílias.

Neste sentido, Maria da Luz Lima observou que o país tem registado apenas casos importados de paludismo, que são isolados e tratados, por um período de três dias, com medicação eficaz de forma a evitar a sua propagação.

Cabo Verde, explicou, tudo fará em termos de vigilância, comunicação e acções para não perder o certificado de país livre do paludismo.

A certificação da eliminação da malária é o reconhecimento oficial pela OMS do estatuto de país livre da malária e é concedida quando um país demonstra - com provas rigorosas e credíveis - que a cadeia de transmissão autóctone da malária pelos mosquitos Anopheles foi interrompida a nível nacional durante, pelo menos, os últimos três anos consecutivos. 

O país deve também demonstrar a capacidade de impedir o restabelecimento da transmissão.

Na região africana, Cabo Verde é o terceiro país a ser certificado, juntando-se às Maurícias e à Argélia, que foram certificadas em 1973 e 2019, respectivamente.

PC/CP

Inforpress/Fim

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