
Cidade da Praia, 07 Nov (Inforpress) – O presidente da Bolsa de Valores de Cabo Verde (BVC) enalteceu hoje o sucesso do empréstimo obrigacionista para a Câmara Municipal da Boa Vista, reafirmando total disponibilidade em continuar a apoiar iniciativas que promovam o desenvolvimento do país.
Estas considerações foram feitas no âmbito da apresentação dos resultados da Oferta Particular de Subscrição do Empréstimo Obrigacionista – séries A e B – da Câmara Municipal da Boa Vista (CMBV) que teve lugar hoje nas instalações da BVC, na cidade da Praia.
O município da Boa Vista recorreu à Bolsa de Valores para financiar-se através de duas séries de emissões, nomeadamente a série A no montante de 635. 000.000 CVE (5,8 milhões de euros) e série B, no montante de 65.000.000 CVE (589,5 mil euros) totalizando 700.000.000 CVE (6,3 milhões de euros).
Segundo Miguel Monteiro, estas operações, que assinalam a estreia do referido município no mercado de capitais, tem como finalidade o co-financiamento do Programa de Investimentos Públicos do Município, nomeadamente, os projectos de infra-estruturação e requalificação urbanas.
“O valor arrecadado na série A constitui o maior valor angariado por um município em uma única série de emissão. O maior montante arrecadado, numa única série de emissão tinha sido de 450.000.000 CVE (4,1 milhões de dólares) emitido pelo município da Praia em Julho de 2010, há sensivelmente 15 anos”, realçou.
A mesma fonte sublinhou que, com esta operação, a CMBV junta-se ao conjunto restrito, porém crescente de municípios que identificam na Bolsa de Valores de Cabo Verde um mecanismo alternativo de financiamento "seguro, transparente e competitivo".
O PCA da BVC lembrou que desde 2010 a esta parte os municípios têm recorrido a esta instituição para financiarem as suas actividades, avançando que além da Boa Vista já solicitaram também os municípios do Sal, Praia, São Domingos, Mosteiros e Ribeira Grande de Santo Antão.
“Com estas duas séries de emissões do município da Boa Vista já concretizamos durante este ano, cinco emissões de obrigações, sendo que o montante global ascende a 3.023.335.000 CVE (27, 4 milhões de euros), o que ultrapassa em 120 por cento (%) o montante global total de emissões de obrigações diversas do ano transacto”, explicou.
Neste sentido, Miguel Monteiro reafirmou a total disponibilidade da BVC em continuar a apoiar iniciativas que promovam o progresso económico e social do país.
Por seu lado, o presidente da Câmara Municipal da Boa Vista, Cláudio Mendonça, congratulou-se com o montante arrecadado e justificou que decidiram recorrer a BVC porque há sempre menos risco e também para conseguirem maior número de investidores a participar no processo de desenvolvimento do município.
“Trata-se de um marco na história e no processo de desenvolvimento da Boa Vista, que reflecte o nosso compromisso com a transparência, com o crescimento e o desenvolvimento sustentável da nossa ilha”, considerou.
Cláudio Mendonça destacou ainda que a operação registou uma procura largamente superior à oferta, o que, a seu ver, demonstra a confiança no futuro da ilha, no seu crescimento e na sua equipa camarária.
ET/HF
Inforpress/Fim
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