Boa Vista: Grupo Parlamentar do PAICV critica governo por não fazer funcionar novo Centro de Saúde Reprodutiva

Inicio | Política
Boa Vista: Grupo Parlamentar do PAICV critica governo por não fazer funcionar novo Centro de Saúde Reprodutiva
21/09/24 - 09:30 pm

Sal Rei, 21 Set (Inforpress) – O Grupo Parlamentar do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição) criticou hoje o Governo dizendo que não entendem a razão porque não criam condições para fazer funcionar o novo Centro de Saúde Reprodutiva construída na ilha.

Em conferência de imprensa após jornadas descentralizadas, o deputado da Nação e presidente do PAICV, Rui Semedo, disse que mesmo a saúde sendo responsabilidade do Governo a Câmara municipal investiu.

E destacou o investimento de cerca de 70 mil contos de parceiros e da autarquia no Centro de Saúde Reprodutiva, para dar resposta a situações dramáticas de doentes ligados à questão materna, às grávidas com dificuldades na evacuação, mas que, neste momento, está fechado.

O deputado falou também da obra da praça de Santa Isabel que, segundo o mesmo, teve “períodos conturbados desde o início, por ter sido demolida praticamente nas vésperas das eleições”.

O mesmo disse que a praça teve um financiamento inicial atribuído que não foi investido, as obras não se iniciaram, mas que também o financiamento não ficou nas contas da actual câmara municipal quando ganhou, e os recursos que deveriam estar lá para investir na praça não foram encontrados.

Isso, segundo Rui Semedo, levou com que a obra arrastasse por algum tempo, com a dificuldade maior de o Governo não querer atribuir recursos para investir nesta obra, o que condicionou o funcionamento normal, mas, “felizmente”, a autarquia conseguiu, por meios próprios, mobilizar recursos para avançar com a obra pelo que felicitou a câmara municipal.

Rui Semedo também falou sobre a economia local, designadamente sobre os investimentos em sectores como a agricultura, a pesca e a pecuária, da tradição da ilha de ser abastecedor de ilhas vizinhas e navegação com produtos de qualidade e afirmou que o facto da ilha estar voltada para o turismo deve ser um factor indutor de investimento e que o Governo deve criar estratégias para a população não ficar para atrás.

O deputado abordou a questão do acesso das populações à água e a obrigação do Estado criar as condições para melhor qualidade de vida através do acesso à água potável com investimento claro do sector público.

Terminou falando sobre o acesso a um salário condigno, uma das preocupações colocadas pelas pessoas devido ao aumento do custo de vida na ilha, afirmando que devido ao turismo, a procura e a fraca oferta, quem vive na Boa Vista paga mais para viver do que nas outras ilhas.

Rui Semedo afirmou que é uma obrigação do Estado criar as condições para que as pessoas tenham um salário que dê dignidade e poder de compra, pois não é compatível ter um salário baixo para viver numa ilha que perspectiva um desenvolvimento extraordinário e recebe pessoas que vivem nas condições de primeira classe, porque se pode criar esta desigualdade.

MGL/HF

Inforpress/Fim

Partilhar