Boa Vista: Vereador desaprova utilização de expressão “crime ambiental” proferida por deputada do MpD

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Boa Vista: Vereador desaprova utilização de expressão “crime ambiental” proferida por deputada do MpD
14/03/25 - 09:39 am

Sal Rei, 14 Mar (Inforpress) – O vereador do Ambiente da Câmara Municipal da Boa Vista, Henrique Correia, aconselhou a deputada do MpD Elizabete Évora para não usar a expressão “crime ambiental”, de que acusou a autarquia, porque teria de investigar o país inteiro.

A afirmação foi feita na quinta-feira, 13, em conferência de imprensa, em que o vereador de Saneamento e Ambiente, Água e Energia da autarquia boa-vistense esclareceu alguns pontos relacionados com a situação da ETAR “provisoria” e da lixeira municipal, mencionados pela deputada do MpD pelo círculo da Boa Vista, Elizabete Évora, para denunciar a autarquia.

O vereador explicou a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) foi projetada como provisória, desde 2017, mediante acordo entre a empresa Águas e Energia de Boa Vista (AEB), o Ministério da Infraestrutura e a Câmara Municipal da Boa Vista.

“A câmara ficou encarregada de fazer a gestão da ETAR por seis meses, e, depois disso, a AEB tomaria a gestão para seguimento. As instituições não fizeram assim, e a câmara Municipal suportou toda a gestão até agora”, afirmou o vereador.

Henrique Correia admitiu que por se tratar de uma ETAR provisória “há certos riscos ambientais” e avarias periódicas, mas que não se pode alegar que é um crime ambiental, e foi indicado ainda que essas águas atualmente são tratadas, e que já não há cheiro, por exemplo.

“O que a câmara deixa claro para que chegue ao Governo é que a Boa Vista carece mesmo de uma rede de esgoto com estruturas adequadas, tanto para Sal Rei como para o bairro de Boa Esperança”, afirmou.

O vereador aproveitou para relembrar que a rede de esgotos desse bairro nunca funcionou por ser “deficitária”, pois tem infiltrações, o que causaria avarias se conectado à ETAR provisória.

Quanto à lixeira municipal, Henrique Correia fez uma comparação com as lixeiras do país.

“Uma das lixeiras mais bem controladas no nível de Cabo Verde é a lixeira Boa Vista, que é uma lixeira que já circulava desde 2020, e tenho informação que é para ser um aterro controlado”, afirmou.

O mesmo explicou que para ser um aterro controlado existem requisitos, e que a autarquia já está a trabalhar nisto, e por exemplo a aquisição de balanças para o aterro estão no orçamento.

Quanto à falta de água em algumas localidades, o vereador indicou que está relacionado com a falta de expansão da rede ou a não existência, pelo que é necessário o abastecimento com autotanques pela autarquia.

Nesse sentido apelou a deputada do MpD para interceder junto do Governo, porque é uma prioridade.

Henrique Correia indicou ainda que desde o início do surto da peste suína, a autarquia tomou medidas imediatas, que é o que se deve fazer nesses casos, mesmo havendo “entidades realmente responsáveis”.

Afirmou que já disponibilizaram os 18 mil contos do Fundo do Turismo de 2024, mais 20 mil contos deste ano para construir a pocilga municipal.

No entanto, autarquia, quer mais 15 mil contos de outros programas por ser uma “necessidade imediata”, enquanto o Ministério do Ambiente, “principal responsável”, está de “braços cruzados”. 

“Mas que se querem investir é o momento, e não podem esperar mais dez anos”, finalizou.

MGL/AA

Inforpress/Fim

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