Ribeira Grande, 21 Nov – O candidato da UCID à presidência da Câmara Municipal da Ribeira Grande, Lucas Lima, esteve em Fajã dos Cumes, onde se reuniu com os eleitores para apresentar as suas propostas para o futuro da edilidade.
No seu discurso, Lucas Lima sublinhou a necessidade de uma “mudança urgente” no concelho da Ribeira Grande, destacando que o partido no poder está há 33 anos à frente da gestão municipal e pouco fez pelo desenvolvimento do município.
“Somos a alternativa para presidir a câmara municipal. O povo é quem escolhe, mas, para termos uma democracia viva, precisamos de alternativas. Já não é aceitável que um partido tenha estado tanto tempo no poder e tenha feito tão pouco”, afirmou.
O candidato apontou ainda a situação das zonas rurais, especialmente Fajã dos Cumes, que enfrenta o abandono e a falta de oportunidades para os jovens.
“O meio rural está a ser deixado de lado. Encontramos muitas pessoas idosas e pouco ou nenhum jovem. O que será daqui a 10 anos, quando os jovens se forem embora e os idosos estiverem mais velhos ou já falecidos?”, questionou.
Para Lucas Lima, é necessário inverter esse processo e garantir que as áreas rurais continuem habitadas e produtivas, caso contrário, conforme o candidato, se as zonas rurais não forem preservadas perde-se o que resta do concelho.
“É que 90 por cento (%) da Ribeira Grande é rural, e se não conseguirmos manter essas áreas vivas, perderemos a nossa identidade. Precisamos de mais estradas, melhores condições de acesso e mobilidade para garantir que as pessoas possam aceder aos serviços e que as comunidades prosperem. A engenharia deve ser uma ferramenta ao serviço do desenvolvimento local”, afirmou.
Ao concluir, Lucas Lima pediu o apoio da população, afirmando que a verdadeira mudança só acontecerá com a participação activa do povo.
Na corrida à presidência da Câmara Municipal da Ribeira Grande concorrem Lucas Lima (UCID), Maria Teresa (PAICV) e Armindo Luz(MpD).
Nas eleições de 2020, o Movimento para a Democracia (MpD) conquistou 14 câmaras municipais, enquanto o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) elegeu oito presidentes de câmara.
LFS/HF
Inforpress/Fim
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