
João Galego, 11 Dez (Inforpress) – A III sessão ordinária da Assembleia Municipal (AM) da Boa Vista, descentralizada na Zona Norte, foi dominada por debates sobre a crise da água, saneamento e a degradação de infraestruturas, com munícipes e eleitos a exigir soluções.
A falta de água em algumas zonas da ilha foi denunciada pelos munícipes, que exigiram a resolução urgente do problema.
O próprio presidente da Câmara Municipal da Boa Vista, Cláudio Mendonça, classificou como "inadmissível" o facto de cerca de 30% da população da ilha ter problemas de acesso à água, revelando que a autarquia gasta 75 mil contos anuais no transporte hídrico.
Em relação ao saneamento, o mau cheiro na cidade de Sal Rei foi justificado pelo presidente pelo vazamento de esgoto na zona de Clotilde, e não à ETAR, reconhecendo a necessidade de um projecto de redes de esgoto e a implementação de drenagem subterrânea para combater as recorrentes inundações na capital, denunciadas pela população.
O debate focou-se na necessidade de a autarquia investir em soluções definitivas.
A eleita Bernardina Gomes, do PAICV, classificou o saneamento como o "calcanhar de Aquiles" da ilha, exigindo uma parceria forte entre o Governo central e a autarquia.
A estratégia da câmara municipal de recorrer a financiamentos externos para o crescimento foi questionada, embora o presidente Mendonça a tenha defendido. Esta saída da edilidade também foi criticada por munícipes que exigiram transparência e detalhe sobre os projectos específicos a serem executados.
Também foi criticada a gestão dos resíduos sólidos e a falta de manutenção. O eleito Tomilson Neves, do MpD, destacou o fato do Centro de Arte e Cultura (CAC) estar inativo devido à falta de manutenção preventiva, e a degradação dos balneários no Estádio Arsénio Ramos, apesar do novo relvado.
MGL/JMV
Inforpress/Fim.
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