
Calheta, 07 Dez (Inforpress) – A Comissão Política Regional do PAICV Santiago Norte denunciou hoje o “abandono” da Ribeira de Flamengos, em São Miguel, após constatar no local três questões de “carácter urgente” decorrentes das chuvas de 13 de Novembro, exigindo intervenção imediata.
O porta-voz e membro da CPR, Adosindo Furtado, falava numa conferência de imprensa realizada na localidade, após uma visita destinada a prestar solidariedade aos moradores e a auscultar as principais preocupações da comunidade afectada.
Segundo o deputado, a situação mais urgente está relacionada com a habitação social, com várias famílias a conviverem com casas em condições “indignas” e sem segurança, agravadas pelas últimas chuvas, e outras a terem perdido as suas residências.
“Os moradores reclamam que, até agora, nenhuma entidade municipal ou nacional se deslocou ao local para ouvir as suas preocupações ou avaliar os danos”, reforçou Adosindo Furtado.
O segundo ponto abordado pela comissão foi o “elevado índice” de desemprego jovem na zona, que, no entender do PAICV, continua a limitar as perspectivas de desenvolvimento local e a acentuar a vulnerabilidade das famílias.
A Comissão Política Regional (CPR) destacou ainda a ausência de actividades culturais e recreativas que tradicionalmente culminavam a 08 de Dezembro, data em que a localidade celebra a sua festa tradicional.
Adosindo Furtado lembrou que Flamengos dispõe de duas placas desportivas sem condições de uso, estando uma delas em obras de remediação, que, no seu entender, deveriam estar a servir de palco a torneios e iniciativas para a juventude.
O dirigente acusou ainda a Câmara Municipal de São Miguel de “abandonar a localidade e os jovens”, sublinhando que a comunidade enfrenta dificuldades que necessitam de respostas “efectivas e urgentes”.
A visita da comitiva do PAICV permitiu igualmente recolher informações sobre o impacto das chuvas na produção agrícola e pecuária, áreas que sustentam grande parte da economia familiar na Ribeira de Flamengos.
O partido promete levar as preocupações às instâncias superiores para que medidas possam ser tomadas em benefício das famílias afectadas.
MC/CP
Inforpress/Fim
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