
Nova Sintra, 29 Nov (Inforpress) - O Presidente da República defendeu na sexta-feira uma intervenção “urgente e estruturada” nos transportes marítimos para a Brava, considerando esta acção uma condição essencial para reverter a crise de abastecimento e restaurar a confiança dos agentes económicos.
A posição de José Maria Neves foi manifestada aos jornalistas após um encontro com operadores económicos da ilha, onde foram apresentados os graves constrangimentos na mobilidade e no fornecimento de bens essenciais
“Sempre haverá solução para as questões relativamente aos transportes, designadamente para a Brava”, afirmou José Maria Neves, sublinhando a urgência de acção.
O Presidente apelou ao Governo para que estabeleça parcerias eficazes, visando a resolução definitiva do problema dos transportes e garantindo "fiabilidade, regularidade e segurança" nas ligações à ilha.
Reforçou que uma mobilidade eficaz será a chave para dinamizar a economia insular. "Se tivermos mobilidade de pessoas e bens, tivermos o crescimento do turismo, dos negócios, a ilha Brava ganhará um novo impulso e crescerá muito mais rapidamente”, assegurou.
Para além das soluções operacionais para os transportes, José Maria Neves ressaltou a importância de adotar medidas que mitiguem os "elevados custos de contexto" que afectam a ilha.
Sugeriu a ponderação de "incentivos fiscais ou outros" a serem estudados a partir das propostas concretas dos operadores, como forma de viabilizar os negócios.
“Se nós conseguirmos ter mais transportes e criar uma dinâmica de crescimento, teremos condições também para resolver outros problemas, designadamente nos domínios da educação, da saúde, do desenvolvimento da agricultura, da pecuária e da indústria”, garantiu.
Em declarações à comunicação social, o porta-voz dos operadores económicos, José Baptista, classificou a situação da ilha nos últimos meses como "gravíssima", preocupação que, segundo disse, foi manifestada ao Presidente.
José Baptista revelou que a ilha esteve quase três meses sem receber um barco de cabotagem, tendo o navio 13 de Janeiro atracado no porto da Furna apenas na véspera.
“Actualmente temos escassez de quase tudo, pois não temos alimentos na prateleira e nem água potável para ser consumida e isso é grave”, concluiu o porta-voz, manifestando a esperança de uma intervenção presidencial urgente.
Durante a visita, o chefe de Estado percorreu ainda centros comerciais locais, observando o dinamismo económico e escutando as preocupações de comerciantes e consumidores, tendo igualmente visitado obras de requalificação urbana e a delegacia de saúde.
DM/CP
Inforpress/Fim
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