
São Filipe, 28 Nov (Inforpress) - A primeira edição do Salão Internacional do Vinho, Bebidas e Produtos Agropecuários, Provinho, marca um momento decisivo para o enoturismo cabo-verdiano, especialmente para a Ilha do Fogo, defendeu os promotores da iniciativa.
Idealizado desde 2022 pelo CEO da Infoplus, Carlos Morgado, o Provinho consolida em 2025 a visão de transformar o vinho do Fogo num produto turístico, cultural e económico de excelência.
Carlos Morgado sublinhou na cerimónia de abertura que o vinho “é muito mais do que uma bebida”, recordando o seu papel milenar nas civilizações e a sua ligação à cultura, à fertilidade e à celebração.
“O vinho é um produto de excelência e podemos orgulhamos de termos um produto que já ganhou várias medalhas em concursos internacionais promovidos para promover os vinhos cultivados em terroir específicos”. disse
Segundo o mesmo, é possível produzir vinho em todas as ilhas de Cabo Verde. Mas nunca seriam iguais às do Fogo por causa do terroir e as condições incomparáveis do Fogo como combinação de solo vulcânico, microclima, altitude e práticas humanas ancestrais.
Esse terroir confere ao vinho “um carácter único e uma identidade distinta”, permitindo sonhar com a sua afirmação internacional.
O projecto do Provinho, segundo o CEO, tem como meta elevar a qualidade, profissionalizar o sector e posicionar o vinho do Fogo como referência global no enoturismo.
A administradora do Instituto do Turismo de Cabo Verde, Vânia Rodrigues, reforçou que o evento está alinhado à estratégia nacional de diversificação turística do país.
Entre 2016 e 2024, a ilha do Fogo demonstrou crescimento consistente: os quartos disponíveis passaram de 277 para 495, o pessoal do sector duplicou de 110 para 204 e o número de turistas subiu de 9.386 para 12.854.
Esses indicadores confirmam que o Fogo está a consolidar-se como destino emergente, especialmente para o turismo rural, de natureza e de nicho.
Vânia Rodrigues ressaltou que os vinhos do Fogo representam “a máxima expressão da singularidade da ilha”, combinando autenticidade, paisagem e cultura.
O Provinho 2025 pretende projectar internacionalmente essa identidade, posicionando o Fogo como marca cabo-verdiana num segmento competitivo e sustentável.
O enoturismo e o ecoturismo, afirmou, não apenas valorizam o produto local, mas reduzem a sazonalidade, fortalecem as empresas e ampliam as oportunidades de emprego e rendimento.
Com o Provinho 2025, Cabo Verde dá um passo firme para se tornar um destino mais competitivo e diferenciado, celebrando o vinho como símbolo de história, identidade e potencial económico e fazendo da Ilha do Fogo um protagonista incontornável no turismo de excelência, referiu.
JR/JMV
Inforpress/Fim
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