Santo Antão: Deputados do PAICV dizem que Ilha continua a regredir e com perda acentuada da população

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Santo Antão: Deputados do PAICV dizem que Ilha continua a regredir e com perda acentuada da população
25/11/25 - 06:51 pm

Porto Novo, 25 Nov (Inforpress) – Os deputados do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição), eleitos pelo círculo de Santo Antão, declararam hoje que esta ilha “continua em processo de regressão", marcada com “perda acentuada” da sua população.

A deputada Rosa Rocha, em declarações à imprensa, na localidade de Gamboeza, no município do Porto Novo, no final de uma visita de uma semana dos parlamentares do PAICV a Santo Antão, avançou que a redução drástica das crianças nos jardins, nos últimos dez anos, é um indicador de que a ilha  está a perder, de forma acentuada, a sua população.

E isso, a seu ver, se deve ao facto de Santo Antão não ter beneficiado, desde 2016, de "investimentos estruturantes" prometidos pelo Governo, que se preocupou em criar, nesses dez anos, apenas expectativas aos santantonenses.

A parlamentar entende que os sectores primários da economia foram “os mais prejudicados” pela governação do Movimento para a Democracia (MpD, poder), o que, no seu entender, “tem matado o meio rural”.

O abandono destes sectores demonstra que a agricultura, a pesca e a pecuária “nunca foram prioridades para o Governo”, avançou Rosa Rocha, exemplificando com o projecto hidro-agrícola de Gamboeza, no Porto Novo, que tem sido um exemplo demonstrativo do falhanço do executivo.

Explicou que Gamboeza, que é "um exemplo de um projecto falhado", faz parte de um programa financiado através de um empréstimo da Hungria, estimado em 4.8 milhões de contos, que foi “completamente reestruturado”, contemplando 11 unidades de dessalinização, com capacidade, cada uma, de 400 metros cúbicos/dia.

Santo Antão, segundo a deputada, vai receber apenas uma unidade de dessalinização, que chegará para irrigar apenas 11 hectares.

O projecto de Gamboeza, lançado em Setembro de 2024, prevê a preparação de 110 hectares de terrenos para a prática agrícola.

Para os deputados do PAICV, este projecto, que deveria ficar concluído em um ano, “tem-se arrastado, como muitos outros, o que prova que se está perante um Governo reativo e lento”, concluiu.

JM/JMV

Inforpress/Fim  

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