Santo Antão: Estudante pede mais informação sobre alterações climáticas e considera essencial intervenção dos actores sociais

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Santo Antão: Estudante pede mais informação sobre alterações climáticas e considera essencial intervenção dos actores sociais
20/11/25 - 03:15 pm

Paul, 20 Nov (Inforpress) – A estudante Viviane Fortes defendeu hoje, na conferência sobre protecção da criança face às mudanças climáticas, realizada no Paul, a necessidade de maior informação e considerou essencial a intervenção dos actores sociais para proteger as crianças.

Em declarações à imprensa, a aluna do 10.º ano acrescentou que as mudanças climáticas têm afectado as crianças, pois muitas não têm capacidade para compreender o que está a acontecer, nem sabem como lidar com essas situações.

Por isso, considerou importante a intervenção de todos os actores sociais, mostrando que as crianças devem ser protegidas, já que sofrem muito com estas alterações.

Viviane Fortes enfatizou ainda que “é fundamental” realizar actividades como esta, para envolver mais crianças, proporcionar-lhes mais informação e permitir que possam actuar de forma adequada face às mudanças climáticas, defendendo que a capacitação juvenil deve acompanhar a frequência crescente de fenómenos extremos no país.

Por sua vez, a delegada do Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA) em Santo Antão, Lorena dos Reis, explicou que o objectivo da conferência foi promover o diálogo entre crianças, adolescentes e instituições públicas e privadas, sublinhando que estes grupos são agentes de mudança e precisam de estar preparados para enfrentar os desafios climáticos que já afectam Cabo Verde.

Segundo afirmou, o ICCA tem desenvolvido palestras, convenções, o parlamento infantojuvenil, reflexões e acções de sensibilização para garantir que a acção climática “não apanha as crianças desprevenidas”, reforçando a importância das escolas e das comunidades como espaços de formação, proteção e prevenção.

Já a delegada do Ministério da Educação no Paul, Linete Cruz, reforçou que a escola tem “um papel determinante” na resposta às mudanças climáticas, não apenas na transmissão de conhecimento, mas também na protecção integral da criança, dentro e fora do espaço escolar.

“A educação tem a responsabilidade de informar, sensibilizar e colocar a criança no centro desta problemática. Temos trabalhado lado a lado com o ICCA, delineando projectos conjuntos que reforçam o contributo das crianças e o papel das instituições na sua protecção”, afirmou.

A responsável recordou ainda situações recentes, como danos provocados por intempéries em escolas de São Vicente, para ilustrar “a necessidade urgente de preparar as comunidades educativas para fenómenos que tendem a tornar-se mais frequentes e intensos”.

A conferência, promovida pelo ICCA, decorreu no auditório da Escola Secundária Januário Leite, no Paul, no âmbito das celebrações do Dia Mundial da Criança e do 36.º aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança.

LFS/CP

Inforpress/Fim

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