Boa Vista: “Falta recorrente“ de combustível afecta turismo e gera preocupação entre condutores

Sal Rei, 18 Nov (Inforpress) – A alegada falta recorrente de combustível nas estações de serviço da Boa Vista está a gerar preocupação entre os condutores-guias, que alertam para o impacto negativo na imagem da segunda ilha mais turística de Cabo Verde.

O alerta foi hoje feito por Waldo Pinto, conhecido como “Dadinho”, condutor-guia e representante da, ainda não oficial, Associação de Condutores da ilha, classificando a escassez como uma situação “lamentável e triste” que ocorre com frequência, sobretudo às segundas-feiras, atingindo as duas operadoras, Enacol e Shell.

“É uma situação que já vem de anos… É lamentável que a Boa Vista, sendo a segunda ilha mais turística de Cabo Verde, não tenha combustível na estação de serviço”, afirmou Waldo Pinto.

O representante da classe sublinhou o facto de esta falha recorrente gerar problemas directos aos condutores, aos turistas que alugam carros e aos operadores turísticos, o que “dá uma má imagem para a ilha”.

Questionado sobre o que tem sido feito, Waldo Pinto criticou a falta de diálogo e de propostas concretas por parte dos responsáveis para resolver um problema que, sendo antigo, compromete o funcionamento dos serviços essenciais de transporte e turismo na ilha.

Além da escassez de combustível, o representante destacou outras preocupações que afectam a classe.

Os condutores reivindicam a construção de um posto de venda de combustível fora da vila de Sal Rei e alertam para o “estado crítico” das estradas, “principalmente as praias de mar”. O troço que liga Sal Rei a Santa Maria foi apontado como necessitando de intervenção há anos, havendo ainda carência de sinalização adequada.

O sector do turismo é também afectado pela “falta de fiscalização” e pela “proliferação de guias ilegais” não licenciados, situação que constitui um problema de concorrência desleal e afecta a qualidade do serviço.

Contactados pela Inforpress, os representantes locais das operadoras Enacol e Shell indicaram que há que aguardar um pronunciamento institucional sobre a situação.

MGL/CP

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