
Cidade da Praia, 10 Nov (Inforpress) - O Movimento para a Democracia (MpD - poder) considera que estaria em condições de vencer as eleições caso fossem realizadas agora, apesar de reconhecer e se comprometer a resolver as “questões quentes” que persistiram durante o mandato.
Esta leitura foi feita pelo secretário-geral do partido, Agostinho Lopes, à Inforpress, quando fazia o balanço da reunião da Comissão Política Nacional, grupo parlamentar e Governo, realizada sábado, 08, para analisar a situação política e debater as estratégias com vista às eleições legislativas de 2026.
“Nós também não deixamos de abordar as questões quentes que não foram muito bem conseguidas e decidimos pelo reforço da acção nesses sectores específicos, que já são do vosso conhecimento”, realçou, apontando soluções no sentido de reforçar acções em áreas como transportes, energia e água.
Agostinho Lopes justificou os atrasos na implementação do programa do Governo nessas áreas com factores externos, nomeadamente a Covid-19 e a Guerra da Ucrânia.
Apesar dos desafios, a reunião da cúpula do MpD avaliou que o programa de Governo está a ser cumprido com um “alto grau de satisfação” e decidiu manter o nível de investimentos.
No plano interno do partido, a reunião serviu para definir o reforço na melhoria do funcionamento do grupo parlamentar, visando um maior entrosamento e coerência no combate político.
Para isso, Agostinho Lopes avançou que as decisões saídas apontam para a necessidade de o partido melhorar sua comunicação, de preparar para a campanha e da necessidade de haver não apenas uma equipa dirigente da campanha, mas também um discurso, uma postura e um plano de preparação para as próximas campanhas.
A Comissão Política, segundo disse, ficou encarregada de materializar a organização das próximas campanhas, prometendo ter uma proposta concreta e aprovada sobre a direcção de campanha, listas, marketing político-eleitoral e imagem até 15 de Dezembro.
Ao ser questionado sobre a situação económica, Agostinho Lopes defendeu que o momento actual representa o “melhor Cabo Verde de sempre”, argumentando que “nunca os cabo-verdianos viveram tão bem como vivem agora”.
O político destacou o “forte apoio” que o país tem a nível internacional, nomeadamente, “suporte da maioria dos parceiros de desenvolvimento”, “aval completo” de instituições financeiras como o Banco Mundial e o FMI e apoio da União Europeia e de parceiros estratégicos, incluindo o suporte efectivo de instituições africanas como o BAD, a CEDEAO e a União Africana.
O secretário-geral confirmou que o candidato do MpD para as próximas eleições é o actual presidente do partido, Ulisses Correia e Silva, cujo mandato na liderança termina a 14 de Julho de 2026.
PC/CP
Inforpress/Fim
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