Boa Vista: Autarquia esclarece suspensão de bolsas para cursos profissionais em Portuga

Sal Rei, 10 Out (Inforpress) – A Câmara Municipal da Boa Vista prestou hoje esclarecimentos e propôs soluções para a suspensão das bolsas de formação profissional a 24 jovens na Escola Profissional de Paços de Brandão, em Portugal, e garantiu que não foram canceladas.

A vereadora Clara Barros reuniu-se pela segunda vez com pais e encarregados de educação nos Paços do Concelho para responder à "desilusão, incredulidade e revolta" manifestadas pelas famílias perante o que consideraram uma “comunicação tardia” da autarquia.

A vereadora começou por corrigir a informação, indicando que são 24 alunos, e não 26 como divulgado anteriormente, e afirmou que se trata de uma suspensão, e não de um cancelamento das bolsas, que segundo a Escola Profissional de Paços de Brandão (EPPB), se mantêm válidas para o próximo ano lectivo.

Reafirmou que a causa foi a "não concretização do contrato de arrendamento" de um novo espaço de alojamento por parte da EPPB, uma exigência da escola para garantir a segurança e o acompanhamento psicopedagógico dos estudantes, uma vez que a maioria é menor de 19 anos.

Clara Barros reconheceu, entretanto, que a situação causou um "impacto emocional e financeiro" nas famílias, nomeadamente com os custos de deslocação para a obtenção de vistos em Santiago, pelo que a autarquia prometeu estudar "formas de mitigar esses encargos" para as famílias.

A representante da CMBV justificou a comunicação tardia, alegando que a demora se deveu aos esforços institucionais para reverter a suspensão e evitar que a situação se tornasse um cancelamento definitivo.

Para minimizar os danos, a vereadora avançou com duas possibilidades, decorrentes de uma nota recebida da EPPB no dia 9 de Outubro, o avanço de sete alunos resultantes da abertura de sete vagas imediatas na residência estudantil da EPPB, para três meninas e quatro rapazes que serão atribuídas aos estudantes com as melhores médias.

Para os restantes estudantes, a EPPB assume o compromisso de pagar o alojamento caso estes tenham famílias ou responsáveis no município onde fica situada a escola, que lhes possam garantir o acompanhamento. No entanto, a vereadora alertou que nestes casos, a responsabilidade pelo acompanhamento de menores seria dos pais e não da CMBV ou da escola.

Clara Barros conclui dizendo que a Câmara Municipal da Boa Vista reafirma o seu "compromisso com toda firmeza” com a promoção da educação e formação profissional contínua dos jovens da ilha, assegurando concursos e oportunidades para desenvolvimento da Boa Vista.

MGL/JMV

Inforpress/Fim.