Portugal repudia decisão da Guiné-Bissau de expulsar delegações de RTP, RDP e Lusa

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Portugal repudia decisão da Guiné-Bissau de expulsar delegações de RTP, RDP e Lusa
16/08/25 - 02:32 pm

Cidade da Praia, 16 Ago (Inforpress) – O Governo português repudiou sexta-feira de forma "veemente" a decisão do governo guineense ordenar a saída da Lusa, RTP África, e RDT África do país, considerando a medida "altamente censurável e injustificável".

Em comunicado publicado da sua página de facebook, o Governo português recorda o trabalho destes órgãos da comunicação social para as populações de ambos os países, e para a comunidade lusófona em geral, assegurando que “tudo fará para reverter a tal decisão”, em articulação com as administrações da Lusa, RTP e RDP.

Conforme o comunicado, dada a gravidade da medida, o Ministério dos Negócios Estrangeiros convocou de imediato o Embaixador da República da Guiné-Bissau em Lisboa, para prestar explicações e esclarecimentos, encontro que terá lugar este sábado, 16 de agosto.

O Governo de Portugal sublinha ainda que as relações com Guiné-Bissau “são e serão reflexo da profunda amizade entre os dois povos”, destacando que a sua actuação será sempre pautada “pelo respeito pela soberania de ambos os Estados, e pelo desígnio de melhorar a alta qualidade das relações recíprocas”.

Segundo informações do Canal internacional de notícias, Euronews, os jornalistas portugueses tiveram, igualmente, ordem de expulsão do país até terça-feira, 19 de Agosto. 

Conforme avançou, o país assumiu em julho a presidência rotativa da CPLP, mas enfrenta tensões internas.

“Esta ação não teve explicação por parte do governo da Guiné-Bissau e acontece numa altura em que o país assume a presidência rotativa da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), o que poderá abrir caminho para uma crise diplomática internacional”, lê-se na página da Euronews.

Ainda segundo o canal de notícias, nos últimos meses, a liberdade de imprensa também foi afectada, uma vez em julho, um jornalista da RTP foi agredido na Guiné-Bissau, alegadamente por motivos políticos.

DV/SR

Inforpress/Fim

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