Mindelo, 13 Ago Inforpress) – O Presidente da República defendeu hoje, no Mindelo, a urgência no pacote de apoios emergenciais que o Governo irá anunciar, sublinhando que é tempo de mobilizar recursos para reconstruir a “cidade devastada”.
José Maria neves falava esta manhã, no final da sua visita a Salamansa, ao centro da cidade e a algumas zonas periféricas da ilha, onde constatou os estragos provocados pelas chuvas e pôde visitar as famílias das vítimas mortais.
“É preciso agora prestar atenção aos apoios emergenciais de curto prazo às pessoas que ficaram desalojadas, às que ficaram sem as suas habitações e às que precisam de um apoio para se garantir a segurança alimentar”, considerou José Maria Neves, na zona de Espia, onde concluiu a sua visita.
O chefe de estado alertou ao mesmo tempo para a necessidade de repor o estoque de alguns medicamentos, designadamente de vacinas, “que foram levadas pelas águas a partir do Centro de Saúde de Bela Vista”, onde estavam estocados.
Quando a ilha vive outros constrangimentos causados pelas últimas chuvas fortes, nomeadamente com o problema de acesso bens essenciais, o Presidente clama pela reposição da normalidade.
“É preciso também, rapidamente, repor, e está-se a fazer um grande esforço por parte da Electra, o abastecimento da água, que é vital neste momento, limpar a cidade, repor totalmente a energia e os serviços básicos”, acrescentou o chefe de Estado.
José Maria Neves aproveitou os últimos momentos da sua estadia na ilha ainda para levar palavras de consolo às famílias que perderam entes nas cheias da madrugada de segunda-feira.
“As pessoas ainda estão muito emocionadas com essas perdas e, sobretudo, as circunstâncias dessas perdas, por isso é necessário levar uma palavra de conforto a essas famílias e garantir-lhes todo o apoio material e psicológico”, acrescentou.
Além disso, José Maria Neves diz lamentar prejuízos que empresários na ilha tiveram, nomeadamente com os produtos, estruturas e equipamentos e prevê uma recuperação lenta, mas possível, com “djunta mon” [juntar as mãos, que significa ajuda de todos] para reerguer São Vicente.
Concluiu que por seu lado houve contacto com “vários chefes de Estado” e organismos internacionais, que acompanha o esforço do Governo no sentido de mobilizar parcerias nacionais e internacionais e que há entendimento com empresas e com organismos no sentido de mobilizar apoios para a ilha de São Vicente.
A visita do Presidente da República, que se fez acompanhar pelo ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, terminaria com a sua ida ao Calhau, o que não aconteceu pelo motivo da viagem de volta à cidade da Praia ter sido antecipada.
SN/JMV
Inforpress/Fim
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