Cidade da Praia, 11 Ago (Inforpress) – O presidente da Câmara Municipal de São Vicente afirmou hoje que a prioridade é a normalização da cidade e da ilha, garantindo apoio às famílias enlutadas e em dificuldades, afastando qualquer possibilidade de realizar o festival neste momento.
“Neste momento nós vamos falar da ilha, da cidade, que é muito mais grande que o festival, neste momento vamos preocupar-nos com as famílias que perderam os entes queridos, isso para nós é muito mais importante do que falar do festival”, disse Augusto Neves.
O autarca falava à imprensa, na sequência das fortes chuvas que se abateram sobre a ilha na madrugada desta segunda-feira, que provocaram, até ao momento, sete mortos, pessoas desaparecidas, viaturas arrastadas e danos em várias habitações.
Segundo o autarca, neste momento não há qualquer possibilidade de falar ou pensar no festival, a prioridade é as famílias, retomar a normalidade pelo que o festival Baía das Gatas está “fora de questão” enquanto a ilha não estiver em condições.
“(…) Neste momento nós estamos tentando regularizar a situação, discutir com o Governo os apoios necessários para que realmente possamos chegar à normalidade, o festival não tem condições, como a ilha, que não está em condições”, precisou.
Augusto Neves explicou ainda que a autarquia está concentrada em mobilizar apoios junto de empresas para minimizar os estragos causados, sobretudo nas redes e vias, de forma a garantir acessos.
O edil disse que “a cidade está inundada de lamas e pedras” e que o essencial agora é restabelecer as condições para a normalidade, sendo que o mais importante agora é apoiar as famílias que perderam entes queridos do que falar do festival.
Segundo avançou o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, o número de vítimas mortais subiu para sete e existem ainda pessoas desaparecidas.
O Governo declarou o Estado de Calamidade em São Vicente e Santo Antão, na sequência das chuvas intensas que se abateram sobre essas ilhas na madrugada desta segunda-feira.
Em comunicado, o Governo endereçou os seus pêsames às famílias enlutadas, manifestou preocupação pelas pessoas desaparecidas, accionou, de imediato, o Serviço Nacional de Protecção Civil e declarou o Estado de Calamidade nas duas ilhas.
Num momento que o executivo classifica como “de dor e consternação”, foi reafirmado o compromisso de prestar todo o apoio necessário às vítimas e de envidar esforços para minimizar os impactos da tragédia.
O Governo apelou ainda à união nacional, solidariedade e acção concertada para superar as consequências desta calamidade.
AV/HF
Inforpress/Fim
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